Compas Lamentavelmente, esta carta, ainda que represente o pensamento de muita gente, talvez até da maioria dos brasileiros, não permite uma identificação segura da autora. Mas eu assino em baixo, mesmo considerando que preferi não colocar no mundo mais um (ou alguns) concorrentes aos miseráveis que já sobram pelas ruas. A humanidade caminha a passos largos para o suicídio coletivo: http://www.cmqv. org/website/ artigo.asp? cod=1461&idi=1&id=8225 Acrescento que além dos 27,5 % que a autora desta carta alega pagar direto em seu salário, ao Estado, ela paga mais uns 40 % em impostos sobre tudo que consome. Minha contribuição para este tema está no Observatório da Imprensa, sob o título "Criança Esperança - Matrix Globo - Tudo a ver": http://www.observat oriodaimprensa. com.br/artigos. asp?cod=497TVQ00 3 E lembre-se: Há centenas de milhões de crianças Cuba não é um paraíso, mas tem suas compensações.. . Dialeticamente Heitor Reis Texto divulgado anteriormente por:
mendigando pelas ruas do mundo inteiro.
Nenhuma delas é cubana!
Achei bem concisa esta carta e por isto repasso. Um abraço Geraldez Tomaz.
Recebi de forma anônima. Mesmo assim, como a GLOBO, repisa o assunto diariamente, e hoje, domingo, há tempo para tudo, REPASSO. Marcus Aranha
Carta aberta para Renato Aragão, o nosso Didi.
Quinta, 23 de julho de 2008.
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu Nome para colar nas correspondências) .Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por 'algum' motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chancede se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não Mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem!
Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola
particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma
idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)!O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha?
Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece...No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da 'minha' doação, que a 'minha' doação faz toda a diferença.
Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que
ganho. Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando...
Eliane Sinhasique (*)
Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.
(*) Pesquisei na rede e encontrei algo sobre a pessoa a quem é atribuída esta carta
Eliane Sinhasique: Jornalista/Radialis ta e Publicitária
atuante em Rio Branco - Acre há mais de 19 anos.
Repórter especial do Jornal A Gazeta e Apresentadora do programa Toque Retoque da Gazeta FM 93,3
http://www.redealca r.jornalismo. ufsc.br/cd3/ sonora/ranciscod emourapinheiro. doc
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| Aos 34 anos, mãe de um filho [ ou dois? ], a jornalista Eliane Sinhasique é um exemplo de alguém que não veio a esse mundo só a passeio. Dona do programa de rádio de maior audiência em Rio Branco, há nove anos ela descobriu que a receita do sucesso é simples: ouvir as pessoas. No programa Toque e Retoque, além de dicas variadas e músicas, a apresentadora lança mão de uma espécie de divã ao vivo. “A solidão é o mal deste século, isto porque, embora vivam próximas, as pessoas estão cada vez mais distantes umas das outras, não têm com quem conversar e principalmente ouvi-las ou trocar opiniões” diz ela. Todas as tardes,de segunda a sexta-feira, Eliane está lá com informações e mensagens positivas. E, o que é mais importante, o contato direto e aberto com seu público. Desabafos, opiniões e confidências íntimas são comuns. “Às vezes eles se esquecem até que estão no rádio e acabamos ficamos todos muito amigos.” O que começou como um programa de rádio cresceu tanto que acabou se transformando numa microempresa de publicidade e propaganda que também promove shows e outros eventos e já cria empregos. Mais que um simples programa de rádio, o Toque e Retoque acabou entrando de tal maneira na vida das pessoas que grande parte delas confessa conversar com o rádio num diálogo surrealista. A constatação é da estudante de mestrado Ronízia Gonçalves, que foi pesquisar a influência do programa de rádio Viva a Vida, da Diocese de Rio Branco, e ao conversar com as pessoas descobriu que elas ouviam mesmo era o Toque e Retoque, que assim acabou virando dissertação de mestrado dessa pesquisadora na Pontifícia Universidade Católica (PUC). E o segredo para tanto sucesso? “Em primeiro lugar eu tenho um grande prazer em fazer o programa e acho que gostar do que faz é essencial para você ter sucesso no que quer que seja. Em segundo lugar, eu leio muito, leio sobre tudo, especialmente sobre comunicação, marketing e propaganda. Faço tudo que é curso que o Sebrae e outros órgãos oferecem, como vender mais e melhor, como atender um cliente, o Empretec, relações humanas, públicas e técnicas. Alcançar sucesso numa atividade não é tão difícil, o que dá trabalho é conseguir sustentá-lo”, conta Eliane. Filha de migrantes que vieram de Guaíra, no Paraná, para o Acre junto com as grandes levas que chegaram para colonizar a região, desde menina aprendeu com seu avô o hábito da leitura e, embora morassem numa colônia do Projeto Peixoto, lia em cada momento de folga imaginando os lugares descritos, sonhava conhecer o mundo e tinha como companheiro inseparável o rádio. “Ia tirar o leite da vaca, lavar roupa, ler, qualquer coisa que fizesse estava lá meu radinho e conversava durante horas com o Adelson Moura e Márcia Ferreira, ambos locutores da Rádio Nacional. Minha mãe, por motivos religiosos, não gostava que ouvisse rádio e quando me via conversando com ele dizia que estava maluca ou endemoniada. Eu dizia que um dia ia falar no rádio e aparecer na televisão, ela fazia pouco de mim, decidi que seria jornalista. Hoje sei que a palavra tem poder e as pessoas precisam saber usá-las positivamente sempre para ter sucesso em suas vidas.” Aos 15 anos, Eliane que então trabalhava como agente de saúde no posto de saúde próximo à sua casa, onde dentre outros trabalhos participou de cinco partos acompanhados e fez sozinha o de uma menina que a mãe decidiu batizar com seu nome, resolveu fugir de casa por não aceitar o casamento arranjado pela família com o filho de um vizinho. “Sabia que, se me casasse, minha vida pararia ali, estaria lá na colônia até hoje. Eu queria mais, tanto que quando cheguei à cidade a primeira coisa que fiz foi pedir demissão daquele emprego da saúde em que, por ser menor, ganhava metade do salário mínimo para fazer o trabalho de um adulto. Não queria ser funcionária pública, acomodar a salário certo, preferi correr atrás do sucesso.” Sua entrada no rádio aconteceu quando conheceu vários repórteres que estavam começando na profissão e acabou sendo apresentada ao radialista Sérgio Pitton, então diretor da Rádio Capital, pelo jornalista Tião Maia. “Ele olhou para mim, tirou um gravador da gaveta e me mandou ir ao aeroporto para gravar uma entrevista com Alércio Dias, Narciso Mendes e Francisco Diógenes. Eu não conhecia nenhum deles, mas o Tião, que também estava lá, me dava as perguntas. Estava tão nervosa que os joelhos ficaram roxos de bater um no outro, mas a gravação não prestou, Pitton ficou fulo da vida e me deu uma semana para saber quem era quem na política acreana. Fui para a Assembléia e comecei a fazer uma ficha de cada deputado, até que quando ia passando pelo corredor ouvi o Manoel Machado gritando ofensas à governadora Iolanda. Liguei o gravador e colhi minha entrevista, foi o primeiro furo que rendeu uma semana de polêmica. Daí por diante nunca mais parei.” PÉS NO CHÃO - Eliane lembra que a idéia de criar o Toque e Retoque foi do jornalista Roberto Vaz, inicialmente em parceria com Andrade Filho. Essa parceria durou quase dois anos, depois ela partiu para alçar vôo sozinha. Fez sua primeira aparição em TV no programa da TV Educativa, depois foi a primeira repórter da TV Gazeta e apresentadora e é hoje microempresária com atuação independente. “Sempre tive meus pés no chão. Meu avô materno era japonês me ensinou que não podemos gastar mais do que ganhamos e ainda temos de guardar alguma coisa para os imprevistos, por isso sempre calculo perfeitamente o que ganho e o que gasto”, recorda, para então destacar: “Quando fiz o Empetec pelo Sebrae, constatei que as orientações de meu avô estavam certas, mas que precisava focar meus objetivos em metas específicas. Aquilo fez o mundo se abrir à minha frente, que a gente tem de atuar naquilo que tem talento e gosta, que não pode fazer isso só para satisfazer o seu ego pessoal e que um negócio tem vida própria que você deve acompanhar ou vai quebrar. Resolvi investir em mim mesma.” “Tomei consciência de que a comunicação é meu dom, por isso resolvi investir no desenvolvimento de habilidades e talento nessa área. Estou fazendo faculdade de Propaganda e Publicidade, além de estudar bastante porque acredito que nós somos seres inacabados, precisamos aprender. Isso não significa que a gente tenha de se retrair, porque para ter sucesso é preciso ser ousado, arriscar de maneira responsável. Antes de fazer o Empretec, eu montei vários negócios e quebrei, outros quebraram depois de fazer o curso porque tiraram os pés do chão, a gente pode tudo, ou quase”, diz. “A coisa mais importante para alcançar o sucesso é acreditar em si mesmo e investir na melhoria de seu potencial, respeitar as pessoas que estão à sua volta e, se você acredita que uma coisa vai dar certo, não ligue para o que dizem, invista nela; se quebrar, não desanime, comece de novo. Eu já fiz isso muitas vezes. Tudo tem seu preço.” Etiqueta Empresarial | |
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