Fonte: Agência Petroleira de Notícias
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Já passava da meia-noite dessa sexta, 19, quando Emanuel Cancella, coordenador geral do Sindipetro-RJ, Gualberto Tinoco (Piteu), da Conlutas, e Thaigo Lúcio Costa, estudante de jornalismo da Universidade de Santa Cecília, de Santos, foram liberados. Os manifestantes foram enquadrados nos crimes de dano ao patrimônio público, desacato à autoridade e resistência à prisão. Mesmo com o pagamento de fiança, ficou evidente a intenção da delegada responsável pela 5ª Delegacia de Polícia de segurar os militantes o máximo de tempo possível, como se estivesse dando uma lição ao movimento social.
Os três foram detidos por volta de meio-dia da quinta, 18 de dezembro, após uma ação pesada de repressão da polícia à manifestação contra a realização da 10ª rodada de leilão do petróleo e gás brasileiros. O ato realizado em frente à Agência Nacional do Petróleo, no centro do Rio de Janeiro, reivindicava o cancelamento dos leilões do petróleo e gás, a construção de uma nova legislação para o setor petróleo e a retomada de uma Petrobrás 100% estatal, com gestão pública, consciência ambiental e controle social.
Após a liberação, Cancella, Piteu e Thaigo ainda foram ao Instituto Médico Legal (IML) fazer corpo de delito. O coordenador do Sindipetro, com o braço enfaixado, teve uma fratura no anti-braço esquerdo. Mesmo depois da ostensiva criminalização dos movimentos sociais, os integrantes do Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás não baixaram a cabeça e prometem muita luta ainda para defender a soberania do povo brasileiro.
Sem-terra e petroleiros feridos
Além dos militantes detidos, outros tiveram que ir para hospital. Luzia Cristina, do MST de Barra do Piraí, teve uma luxação no braço, e Ailton, do MST, recebeu um tiro de bala de borracha no peito. Os dois fizeram exame de corpo de delito no IML da Praça Onze. O caso mais sério, do Eduardo Henrique, coordenador do Sindipetro-RJ, que sofreu um corte extenso na cabeça, já está sob controle. O petroleiro já foi para casa, mas ainda faz exames de tomografia e sente dores de cabeça.
Campanha de solidariedade aos lutadores
A coordenação da campanha “O petróleo tem ser nosso” solicita que entidades e movimentos solidários encaminhem moções de repúdio à criminalização dos movimentos sociais, à repressão da polícia carioca e de apoio à luta contra a privatização do petróleo e gás. As moções podem ser enviadas para o endereço eletrônico da Agência Petroleira de Notícias ( agencia@apn.org.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ).
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