terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CMA HIPHOP INFORMA

ÍNDICE:

- Espetáculo “O Dia 14” será apresentado na 6ª Bienal de Cultura da UNE

- Moção de Repúdio ao Governo do Estado da Bahia

- Debate: A Importância da Revolta dos Malês no século XXI

- Reggae Raiz no Teatro do Irdeb

- Show Fonte do Saber


Espetáculo “O Dia 14” será apresentado na 6ª Bienal de Cultura da UNE

Montagem da Cia Teatral Abdias Nascimento, que recebeu 6 indicações ao Prêmio Braskem de Teatro, mostra como caos social é reflexo do passado colonial e escravagista. Com dramaturgia primorosa e elenco vigoroso, peça toca em assuntos inquietantes.

A premiada Cia de Teatro Abdias do Nascimento (CAN), dirigida pelo ator e diretor Ângelo Flávio, integrará a programação cultural da 6ª Bienal de Cultura da União Nacional dos Estudantes/UNE, que acontece em Salvador até o dia 25 de janeiro. O espetáculo “O Dia 14” será apresentado na sexta-feira, dia 23 de janeiro, às 20h, no Teatro Vila Velha (Passeio Público – Campo Grande).

A 6ª edição da Bienal vai comemorar o 10º aniversário do Festival e também marcará a volta do evento a Salvador, já que em 1999 aconteceu na capital baiana a primeira edição da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE, vinte anos após a UNE ter sido colocada na clandestinidade pela ditadura militar.

Outro fator marcante desta Bienal será a importância da cidade-sede em relação ao tema "Raízes do Brasil – formação e sentido do povo brasileiro", que pretende discutir a formação do povo brasileiro de um ponto de vista contemporâneo.

A montagem - Através de uma encenação poética e vigorosa, o espetáculo conta de forma atemporal a trajetória da diáspora negra do Brasil-Colônia até os dias atuais, tendo como eixo dramatúrgico o antes e o após o dia 13 de maio de 1888, data da assinatura da Lei Aurea. O espetáculo dirigido por Ângelo Flávio recebeu 6 indicações ao Prêmio Brasken de Teatro de 2008, incluindo melhor espetáculo, direção, dramaturgia, atriz, ator e Revelação. A montagem garantiu o Prêmio de Revelação do Ano para o CAN. 0 Dia 14 traz o mesmo vigor e inovação presente no espetáculo “A Casa dos Espectros” (2006), texto de Adrienne Kennedy, dirigido pelo mesmo diretor e sucesso de crítica e público, que teve duas indicações ao Prêmio Braskem de Teatro em 2007.

Depois de causar desconforto com o texto da norte-americana Adrienne Kennedy, o diretor mergulha na desigualdade social brasileira e mostra a trajetória dos negros do navio negreiro à invisibilidade social, além das freqüentes chacinas que têm violentado a periferia da cidade. O espetáculo é intercalado por trechos de entrevistas que analisam a questão racial no Brasil.

“Acho que o espetáculo foi selecionado porque além do mérito artístico, ele propõe ao publico arte e reflexão, assumindo um compromisso ideológico sem prostituição estatal onde através do mecanismo artístico que toca e emociona, o espectador é conduzido a pensar sua parcela de responsabilidade na construção deste País, na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.” explica o diretor, ressaltando a adequação deste espetáculo a um encontro como a Bienal da UNE. “Nada melhor do que uma platéia como esta, de estudantes de todo o país. Cidadãos e cidadãs que possuem a missão de conduzir este país, corrigindo erros passados e possibilitando novos olhares para esta nação e seu povo”, afirma Ângelo Flávio.

De forma não cronológica, sete atores interpretam personagens que retratam questões relacionadas à nossa formação étnico-racial e a desigualdades brasileiras. Corpos tensos, atemporalidade e movimentação são as marcas desse ditirambo negro. São temas do espetáculo os conflitos do dia-a-dia e a história do país marcado muitas vezes por uma política de embranquecimento, como ressaltam alguns historiadores, quando comentam a importação de mão-de-obra branca com a vinda dos imigrantes italianos para o sul do país.

O espetáculo conta com sonoplastia do cantor Dão e do DJ Cláudio Manoel - Angelis Sanctus. A dramaturgia e direção são de Ângelo Flávio. Formado em Direção Teatral pela Escola de Teatro da UFBA, Ângelo Flávio é um dos novos talentos da direção baiana. Sua trajetória está ligada à militância política em defesa dos direito humanos, através de um arte engajada e repleta de experimentações estéticas.

A Cia de Teatro Abdias do Nascimento (CAN) nasceu na Escola de Teatro da UFBA em 2002 e é formado por estudantes negros e negras. Eles passaram a discutir a constante ausência do negro em cena e em papéis principais, o inexistente estudo da Dramaturgia escrita por negros e sua aplicação na grade obrigatória curricular da instituição, além de debater o eurocentrismo que, até hoje, é cânone epistemológico nas universidades. O CAN, além das montagens sempre bem sucedidas e elogiadas pela crítica especializada e público em geral, vem realizando constantes atividades onde discutem ações de políticas afirmativas e democratização da cultura. Em seu currículo o grupo trás cinco montagens com a direção de Ângelo Flávio, seu fundador.

Serviço

Espetáculo “O Dia 14”

Dia 23 de janeiro, sexta-feira, às 20h

Local: Teatro Vila Velha (Passeio Público – Campo Grande).

Ficha técnica

“O DIA 14”

Direção e dramaturgia: Ângelo Flávio (As Irmãs de Brecht / A Casa dos Espectros).

Assistente de direção: Camila Bonifácio (PSICOSE / As Conjuradas).

Com o “Coletivo de Atores Negros Abdias do Nascimento”: Ive Carvalho (PSICOSE/ Sonho de Uma Noite de Verão), Vitória Bispo (Atores do Tempo Encarnado/ A Casa dos Espectros), Cleiton Luz (O Cid), Heloisa Machado (O Dia 14, indicação de Melhor Atriz), Léo Santys (O Dia 14, indicação de Melhor ator) e Fernando Neves (filme Eu me Lembro).

Cenografia: Aloísio Antônio & Marcos Costa (A Casa dos Espectros).

Coreografia: Liu Árison.

Produção: CAN e Daniele Borges

Design Gráfico: Cristiano Borges

Divulgação: Maíra Azevedo, Instituto de Mídia Étnica & Marcelo de Trói.

Trilha sonora: Dão & Cláudio Manoel.

Operador de Som: Ismael Fagundes

Iluminação: José Carlos N´gão

Operação de Luz: Felix.

Preparação corporal, figurino e maquiagem: Ângelo Flávio.

Mais informações:

Ângelo Flávio - Diretor

(71) 9114-4825 / 8882 4601 – angeloflavio@hotmail.com


Moção de Repúdio ao Governo do Estado da Bahia

O Fórum Baiano de Juventude Negra mais uma vez vêm a público repudiar a postura assassina do Governo Wagner deflagrada pela política de esvaziamento geográfico da população Negra e Jovem no território baiano por meio da ação lombrosiana dos aparelhos repressivos do Estado.

A nossa geração votou no Governo Wagner, vestiu a cor vermelha de um projeto politico que anunciou a ruptura com o autoritarismo, segregacionismo racial e políticas higienistas amparadas estruturalmente através do genocídio do povo negro. Contraditoriamente, de forma inequívoca, se percebe a dicotomia desses pressupostos, verificada na atual conjuntura política de Extermínio da Juventude Negra, não obstante impulsionando à seguinte pergunta: Será mesmo que a BAHIA é TERRA de TODOS NÓS?

Sabemos governador, o sofrimento de Vossa Excelência diante da constatação histórica de seus antepassados judeus exterminados, mas, duvidamos que seja mais danoso que o suplicio de mães negras que assistem o ingresso socíocida e desenfreado da polícia nas suas comunidades vulnerabilizadas. O seu pesar, Vossa Excelência, não supera as barbáries históricas acometidas ao povo negro, visivelmente percebidas pela interrupção dos nossos projetos de vida educacionais, profissionais e familiares, pois o que está em exercício nos expedientes normativos deste Governo é um verdadeiro Holocausto Negro.

A nossa DECEPÇÃO vem desde a situação de Violação de Direitos Humanos no Sistema Prisional, a qual jovens negras e negros são tratados como dejetos sociais, improdutivos à lógica que trama categorizar as estratégias de sobrevivência inerentes à população negra como condutas delituosas. Governador, aquele gasoduto que passa debaixo da Colônia Penal de Simões Filho está fadado a explodir e encerrar a primeira etapa de extermínio geracional deste mandato, entretanto se estivermos vivos lutaremos para que seja o último.

Este governo está fazendo o Gênero deformado. Nele vimos servidores do Estado submeter às pessoas tuteladas na prisão a inúmeros constrangimentos, ao vexame de estarem Na Mira do sensacionalismo midiático sem que a casa do Delegado Damasceno possa cair. Não esqueçamos que Damasceno chegou a invadir a casa de mãe de família, deu tapa na cara, chamou de vagabunda a Dona Rita e automaticamente todas as mulheres que se parecem com ela etnicamente.

Por isso não causa estranheza a declaração do Secretário de Segurança Pública, de que se ‘um policial estiver acovardado para matar é só chamar ele’. Sabemos que a conseqüência das operações militares nos territórios de maioria negra, sob a desculpa fajuta de combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas constitui a produção de um número cada vez mais escandaloso de óbitos que, cinicamente são classificados como auto de resistência, expressando a postura terrorista deste Governo.

A Imprensa declara os números da Secretaria da Segurança Pública (SSP) da Bahia mostrando que o percentual de assassinatos em Salvador e região metropolitana cresceu 31,5% entre 2007 e 2008. No ano passado, foram 2.189 mortes, uma média de seis por dia, contra 1.665 em 2007.

Deste modo, recomendamos que o Conselho Estadual de Juventude, este que será empossado na quarta-feira do mês corrente tenha como prioridade a formulação de políticas que pretenda ensejar um novo modelo de segurança pública e dê respostas à conjuntura de mortandade da juventude negra sem optar em fortalecer suas bases políticas partidárias em detrimento de um projeto politico de enfrentamento a opressão racial independentemente, da conjuntura participativa ou ditatorial que esteja gerindo o Estado.

Coordenação Política do Fórum Baiano de Juventude Negra

- Carla Akotirene

- Vivian Aquatuni

- Luedji Anjos

- Geovan Bantu

- Elder Mahin

E-mail: fojuneba@yahoo.com.br

Fonte: Fórum Baiano de Juventude Negra


Debate: A Importância da Revolta dos Malês no século XXI


Reggae Raiz no Teatro do Irdeb

Show de lançamento da coletânea Uprising Inity traz para Salvador o Reggae Roots do cantor Arkaingelle da Guiana Inglesa. Pela primeira vez no Brasil, ele faz turnê com Ras Popó Ites, vocalista da banda de reggae baiana, Red Meditation. O Show intitulado "Rooted in Inity Tour" tem participação do Dj Ashanti Hi fi Kobie filho dileto da Ilha de Trinidad. O grande encontro do Reggae Rasta acontece dia 23 de janeiro, as 19h30 no teatro IRDEB, fim de linha da Federação. Na compra do ingresso, que custa R$ 10 + 1kg de alimento não perecível, o público receberá um CD da coletânea.

Artista da nova geração do Reggae Raiz mundial, Arkaingelle tem repercutido de forma grandiosa na cena musical com sua voz profunda e letras de pura meditação, sobretudo aos interessados pela cultura e mensagens verdadeiras. Ele consegue fazer a junção perfeita de uma perspectiva afro-caribenha com a energizante voz pró-africana do Rastafari e tudo isso pode ser conferido no álbum O'pen, que será apresentado neste evento para o público brasileiro. A sua posição de destaque no mercado e respeito obtido de outros artistas do meio o levou a trabalhar com grandes produtoras como Lustre Kings, Zion High e Fantastic, que ganharam fama dando forma aos Riddims (bases musicais) "New Day", "Credential", "Red Razor","Hard Times", dentre outros. Através de mensagens espirituais e conscientes, a música de Arkaingelle flui de maneira elevadora, que inspira e traz alegria aos mais variados tipos de público.

A mix tape Uprising Inity ou Ressurreição da Unidade, terá mais duas edições. No volume I o álbum reúne artistas brasileiros e internacionais, como Sister Rose (Califórnia), Ras Carlos (Bairro da Paz), Ras Diego (Chile), Kwame, Luv Fyah e outros tantos nomes da reggae music mundial.

Rasta Popó Ites – Apesar de ser integrante do movimento Rastafari de Salvador, o cantor está há aproximadamente oito anos na Califórnia. Lançou recentemente o seu terceiro disco com a gravadora Green Sphere Records. No álbum ele traz artistas convidados como Ras Attitude, Ras Batch, Luv Fyah, Ras Gambo.

Influenciado pelo reggae roots, dub e dancehall e o Reggae brasileiro ele atualmente faz turnês por todo o mundo, principalmente no EUA e pelo Brasil. Apoiado pela banda original Red Meditation, formada na Bahia que o acompanha há mais de 7 anos, ele canta mensagem de paz, amor, união e fé Rastafari.

O evento é uma realização da Associação Cultural Nova Flor em parceria com selo Brazilian Reggae Sativa e a gravadora Green Sphere Records e tem apoio do Instituto de Rádio e Difusão da Bahia (IRDEB).

O QUE: Show de Arkaingelle e Ras Popó Ites no lançamento da Coletânea Uprising Inity

ONDE: Teatro IRDEB, Final de Linha da Federação (3116-7510)

QUANDO: 23 de janeiro, sexta feira, às 19h30

CONTATOS: 9205-5231 (Sidney) ou 8805-4840 (Rafael)

INGRESSO: R$ 10 + 1kg de alimento não perecível, à venda no Lojão dos Discos (Lapa), próximo ao posto de vendas do Salvador Card.

ASCOM IRDEB

71 3116 7359

71 3116 7443

ascom@irdeb.ba.gov.br

assessoriairdeb@gmail.com


Show Fonte do Saber


Evolução HipHop

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“Diversidade cultural patrimônio comum da humanidade, educação pela comunicação para democratizar as oportunidades, a estrada é muito longa cheia de sinais, mas nunca apague o farol dos seus ideais ”

Dj Branco.

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Tel: 55-(71) 91510631 / DJ BRANCO

Salvador – Bahia – Brasil

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