domingo, 18 de janeiro de 2009

A MÍDIA COLONIZADORA DO BRASIL

Laerte Braga

No O ESTADO DE SÃO PAULO as pessoas ainda chegam de liteira. Vivem na suposição que D. Pedro II é o governante do País e temem que a princesa Izabel cometa o “desatino” de assinar a lei áurea. Assustam-se com lembranças da revolução francesa e consideram Maria Antonieta vítima da barbárie de plebeus incapazes de compreender a missão divina dos imperadores.

A FOLHA DE SÃO PAULO seguiu caminho inverso. Numa expedição feita para além das fronteiras do reino FIESP/DASLU descobriu que a república foi proclamada e que o mundo hoje é controlado pelo poder de grupos econômicos norte-americanos, sionistas e europeus (japoneses estão em baixa e chineses assustam, ainda esperam a volta de Marco Pólo para terem uma idéia mais clara daquele país).

O GLOBO, ou THE GLOBE é produto dos donos do mundo. Escorados no discurso do liberalismo econômico defendem as idéias e princípios determinados pelas agências de publicidade. Do tipo que se recebe um pedido para falar sobre Cristo na sexta-feira da paixão pergunta se fala contra ou a favor. Reflete sempre o ponto de vista de quem manda de fato. Não tem princípios, ou por outra, o princípio é esse.

Os marinhos sempre sonharam com a volta do império e a entronização de um deles no trono brasileiro. Devem, em breve, requerer a canonização de roberto marinho. Teve a perspicácia de abrir as pernas para os donos do mundo, receber o sacrossanto dinheiro deles, apoiar as ditaduras militares em qualquer lugar ou canto, criar um império próprio (é um conjunto midiático golpista e de extorsão) e em alguns momentos mostrar condições de negociar maiores e melhores vantagens (dinheiro mesmo) com os donos.

Se João matou Maria, mas o conveniente é que Maria tenha matado João, ressuscitam Maria e matam João. Adoram quando aviões aquaplanam nas pistas de aeroportos brasileiros, geram mortes em quantidade capaz de permitir o deslocamento de seu principal objeto, o robô William Bonner, concebido à imagem e semelhança da falta de caráter que marca o grupo. Fazem a festa com tragédias desde que não interfiram nos “negócios” dos dossiês montados e comprados. E gerem lucros óbvio, ou permitam extorsões, como quando inventaram a candidatura Roseana Sarney em 2002.

Como o mais poderoso veículo de comunicação no Brasil e um dos maiores da América Latina, associou-se a outros grupos no exterior e hoje dedica-se a criação de “homer simpson” em quantidades tais que o Grande Irmão possa regalar-se na divina missão de salvar Wall Street, Tel Aviv e um ou outro país europeu (apesar de tudo a Europa ainda exerce o fascínio dos antigos impérios tipo Sissi na Áustria). Essa gente Adora ser chamada de conde, marquês, viscondes, comendadores, etc.

Percebeu que não há mais necessidade de montar cercas tipo galinheiro para manter presas as frangas e frangos. O galo canta em telinhas e as pessoas se mantêm atentas e contritas em suas próprias casas acreditando piamente que William Bonner é gente. E pior, esquecendo as roseiras visíveis quando se abre a janela.

Viram heróis de Pedro Bial no grande imaginário do grande bordel nacional.

Todo mundo sabe que a Donatela vai acabar bem, com o marido na melhor forma de conto de fadas tecnológico, mas o suspense é de tal ordem que as pessoas temem que Donatela morra. Já a menina assassinada pelos pais... Ou as crianças assassinadas por Israel...

Como não poderia deixar de ser, a máfia legítima expurgou um grupo que se pretendia máfia, mas sem “honra”, para essas plagas. A ABRIL. Edita VEJA, paraíso da classe média, aquela que fica maluca e madruga na fila quando a Microsoft lança uma nova versão do Windows. Os caras só faltam sair voando pelas janelas ou heliportos da Barra da Tijuca (enclave norte-americano no Rio de Janeiro) para levar as pobres cadelinhas ao cabeleireiro e assim evitar que se estressem no trânsito.

São especialistas em vacas que dão leite com sabor tomate, baunilha, laranja, limão, direto na ordenha. Tecnologia de ponta. E em concorrências para editar livros didáticos onde vendem a ideologia do nada.

Já a Rocinha... Seres inferiores, caso de bala perdida. Se um ou outro consegue virar “ronaldinho” ganha direito a aparecer num BBB qualquer e virar cão amestrado de Sílvio Berlusconi, versão grotesca de Mussolini, se é que isso é possível. Mussolini em si era grotesco. Ridículo.

Anauê. Quem disse que Plínio Salgado morreu? Foi só o homem errado no lugar e na hora errada. Ou Plínio de Oliveira?

O trono é dos marinhos.

E os adereços? Os que pretendem alcançar os píncaros dessa glória? Quinze minutos de sucesso. “Quem você acha que deve sair da casa mais famosa do Brasil?” “Tô atrás de glória não doutor. A Glória tá me esperando lá no barraco com o leite e o pão das crianças, vê aí o que dá pra fazer” (compositor vendendo letra e música de samba para produtor). O perigo é cruzar com Kelly Key na esquina.

Tem a RECORD do bispo Macedo, pilantra pra ninguém botar defeito. A BANDEIRANTES para defender quatrocentões que recordam ROMA de Fellini e o desfile antológico de moda sacra. Um monte de filhinhos espalhados pelos quatro cantos do País, na divisão entre esse complexo bandido que controla o Brasil. Os Sarney no Maranhão. Os ACMs na Bahia. Andradas que chegaram ao Brasil em navio chapa branca com a corte portuguesa e as verbas tucanas duplicadas para a publicidade e a campanha de 2010.

Essa teia/fábrica de objetos se estende a todos os setores e promove a absoluta decomposição do ser humano transformando- o em bola pronta a ser encaçapada ou numa casa de vidro, ou na edição de hoje e de sempre do JORNAL NACIONAL e seus similares em vídeo ou impressos.

gilmar mendes que pontifica no extinto supremo tribunal federal quer explicações sobre o ato do ministro da Justiça Tarso Genro concedendo refúgio humanitário a um cidadão italiano julgado e condenado em seu país na farsa do “terrorismo” fabricado e montado nesse jogo sórdido que bombardeia escolas e mata crianças em legítima defesa.

A mídia brasileira, o edifício institucional brasileiro está apodrecido pela presença dessa gente. São meros reprodutores da ordem mundial do Grande Irmão.

Eu sempre achei que o Grande Irmão seria alguém do tipo Bush, um boçal. Ou alguém do tipo Obama, um sujeito esquivo que não é nada e parece tudo. Acaba sendo uma junção de banqueiros nazi/sionistas, montadoras de automóveis e todo o complexo que é reproduzido diariamente no modelo GLOBO qualquer que seja o nome que tenha.

Crise, tem sempre uma Miriam Leitão para prenunciar a catástrofe.

A mídia podre e deliberadamente podre, pois podridão é o meio dessa gente, até quando regado a caviar.

Não duvido nada que alguém decida invadir o Irã por conta do caviar iraniano de extraordinária qualidade. Um Salomão qualquer da vida em legitima defesa do direito do povo de Israel existir. Se palestinos são mortos como formigas isso tem que ser visto de forma natural, ensinam as pessoas que assim deve ser, pois não foram ungidos pelo “deus”.

A forma como a mídia brasileira se lança contra o ministro da Justiça Tarso Genro e tenta de todas as formas entronizar Berlusconi no País é sórdida, tem interesses pútridos e reflete tão somente o próprio caráter dessa mídia.

É estrangeira. Não tem nada a ver com o Brasil. Vende um modelo diverso das nossas tradições, da nossa cultura, do nosso modo de ser. A falsa indignação contra o abrigo a um suposto terrorista não se estende, por exemplo, a um carniceiro assassino como Brilhante Ustra.

Quem viu a vinheta da GLOBO propagandeando a rede percebeu, se tiver o mínimo de lucidez, o final GLOBO/GLOBALIZAÇÃ O. A globalização deles tem bandeira com suástica transformada em estrela de davi e um monte de estrelas.

Não têm nada a ver conosco se quisermos de fato ser uma nação, um povo soberano, senhor dos nossos narizes e construtores do nosso futuro.

Estão aí tucanos e DEMocratas juntos a “comunistas” marca Roberto Freire ávidos para caírem de quatro diante dos senhores e entregar a escritura lavrada e passada em cartório.

Essa presepada de gilmar mendes (pago para desempenhar esse papel, mas pago por fora, pelos donos), essa fingida indignação humanitária da mídia, essa carga contra Tarso Genro e a demonização de Cesare Battisti, um lutador de seu tempo e sua época contra a barbárie de um estado “democrático” – num tempo de lutas em cada canto do mundo – se mostra viva e com o sangue de crianças escorrendo pelas pedras das ruas de Gaza. Pelos prédios destruídos em Gaza. Pelas mulheres de Gaza estupradas na tal “legítima defesa”. Pela vergonha nazi/sionista. O nazismo transformado em programa da Xuxa e nos heróis do Pedro Bial.

Eu, você, ora, ou nos conformemos, ou ficamos na mira das balas perdidas e dos lamentáveis acidentes que fazem parte da preservação da “democracia” e do combate ao “terrorismo”.

Global é a guerra e tem que ser lutada em cada parte do planeta. Do contrário não há futuro, até porque, bandidos mafiosos como Ermírio de Moraes e um mafioso italiano que ganhou a VALE de FHC transformam o futuro num deserto tal e qual se viu em MAD MAX.

E quando quebram vão buscar o meu e o seu dinheiro para “manter os empregos”.

Por isso mesmo a luta pela liberdade para Cesare Battisti não terminou. A coragem de Tarso Genro num tempo de pulhas o engrandece.

Qualquer dia no FANTÁSTICO vão dizer a você que suco de etanol dá mais energia. E aí mostram as pernas rejuvenescidas de Ana Maria Braga passando por baixo da mesa.

Pensam que CFT é marca de tênis. Lhes falta alma para enxergar estrelas e constelações.

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