sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Criatividade e colaboração levam Internet à população rural

24/02/2009 |
Renata Gomes
Porto Gente

Apesar do avanço tecnológico, redução de custos de equipamento e projetos de inclusão digital, ainda existem muitos locais onde a Internet não alcança. Em muitos destes, nem a energia elétrica está presente.

Mas mesmo com todas as dificuldades, algumas regiões rurais de países pobres estão conseguindo contornar a situação e conectar sua população com o resto do mundo.

Na ilha de Java, Indonésia, um trabalho comunitário desenvolveu uma antena com panela, tubo de PVC e um adaptador Wi-Fi USB capaz de se conectar ao sinal de Internet fornecido por uma rádio local.

O equipamento foi chamado de “wajanbólica”, já que utiliza a panela tradicional da região “wajan” como parte da antena. O projeto é um sucesso na região, pois seu baixo custo permite a população ter acesso a informações em tempo real.

No caso, a emissora de rádio funciona como um provedor de acesso à Internet, e os interessados devem ter uma assinatura do serviço além do computador.

Apenas 10% da Indonésia possui acesso à Internet, e destes, só 10% utilizam o serviço de banda larga. As “wajanbólicas” podem ser utilizadas para elevar estes números. Além disto, facilitarão a inclusão digital desta população, reduzindo a distância cultural entre as classes sociais.

Já em Entasopia, no Quênia, nem a energia elétrica chegou aos 4 mil habitantes da cidade. Localizada a 160Km da capital do país, onda a infra-estrutura precária, jornais chegam a cada 3 ou 4 semanas, e a iluminação nas casas se dá com a utilização de velas ou lâmpadas de querosene.

Jovens engenheiros da Universidade de Michigan, com investimento financeiro da Google, levaram a Internet a Entasopia. Através de uma antena de satélite, ativada por energia solar, conectou os computadores do centro comunitário local a grande rede.

Apesar de infra-estrutura não ser o modelo de negócio da Google, a empresa está investindo também em outra empresa para colocação de mais satélites em regiões menos favorecidas.

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