sábado, 28 de fevereiro de 2009
Operador de rede para canais estatais, mas não para os privados
1 - O operador de rede que o governo pretende criar inclui,
corretamente, a TV Brasil, TV Câmara, TV Senado, TV Justiça e TV Educação.
2 - Mas, exclui, equivocadamente, o Canal Saúde, a TV Sesc e a NBr.
3 - Este mesmo operador de rede deverá transportar o sinal do tal Canal
da Cidadania, que o Helio Costa pretende criar. Esse canal ainda vai dar
merda!
4 - Ao criar o operador de rede para as emissoras públicas o governo,
por oposição, reconhece o absurdo do Decreto 5.820. Se o objetivo deste
operador de rede é poupar recursos da União e melhor gerir o espectro,
ambos argumentos valem também para as emissoras privadas. Ao não adotar
o operador de rede para as emissoras privadas, o governo permite
desperdício de recursos públicos (uma vez que a infra-estrutura de
transmissão será financiada pelo BNDES) e igual desperdício de espectro
(entregando um canal inteiro para cada emissora).
5 - Ao não permitir a multiprogramação nos canais privados, o governo
reconhece que as emissoras privadas jamais tiveram um outro modelo de
negócio (multiprogramação e interatividade, por exemplo). O objetivo
sempre foi manter a mesma programação atual, com apenas imagem em HD. Se
isso não atrai ninguém, dane-se, porque o objetivo primordial era apenas
garantir a ocupação do espectro para evitar a entrada da concorrência.
Há tempos que os radiodifusores não têm uma agenda própria e ofensiva.
Eles apenas tratam de se defender. Quem te viu, quem te vê!
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