quinta-feira, 21 de maio de 2009

Banda Larga, Redes IP e uma nova Telebrás

Faz tempo que ando chateado com os serviços de telecomunicações prestados no Brasil.

Quando ocorreu a privatização muitos acharam bom e outros tantos, péssimo.
Já temos alguns anos de experiência com esse modelo e dá pra tirar algumas conclusões. Afinal, e por exemplo, basta saber quem é o grupo majoritário das ações da Oi no Brasil pra termos noção de quem adorou a privatização; e de onde está o Brasil no ranking das tarifas pra saber quem detestou.

De novo estamos diante de um grande bum!
O modelo tradicional de telecomunicações que atualmente faz a internet chegar na nossa casa esgotou-se. Redes IP são o futuro, não tão longínquo, de uma real integração no brasil.

Como estamos hoje?
A privatização ocorrida deu direito às 'telcos' a exploração do Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC, modelo tradicional dos Serviços de Comunicação de Dados). Hoje, essas mesmas empresas utilizam o STFC para oferecerem os serviços IP de banda larga (internet).
Mas banda larga de verdade? Não parece. Esse modelo não comporta uma real universalização da banda larga no Brasil, nem a tão falada VoIP. Eles já sabem disso.

E o que tem a falecida Telebrás com isso?
Somente uma empresa estatal como a Telebrás poderá resgatar nada menos que 6 bilhões de reais originados do Fust para ressurgir como fênix e, finalmente, implementar um sistema de redes IP através da malha elétrica do país. Isso já está sendo feito hoje para grande parte das instituições públicas e privadas de P&D, através da RNP. Mas pode se tornar uma realidade competitiva para muitas empresas que queiram distribuir localmente um real serviço de qualidade.

A pouco tempo o atual ministro das telecomunicações, Hélio Costa, anunciou que a Telebrás poderia coordenar o uso de fibras ópticas ociosas de estatais no projeto de ampliação das redes de banda larga a 90% do País. Isso causou um grande reboliço nas 'telcos', fazendo com que o Jorge de La Rocque (presidente da Rede Global Info - associação de mais ou menos 600 dessas empresas no Brasil) dissesse que a reedição da estatal ignora o histórico do governo em gerar serviços de qualidade ruim e preços altos quando opera em segmentos onde a iniciativa privada é mais competente. E que com acesso à infra-estrutura física de cabos e redes da Telebrás, poderiam eles “oferecer serviços de banda larga em pequenos municípios por preços baixos e competitivos com os praticados nas regiões metropolitanas no País”.
Tu juras, é?

Isso é só a ponta do iceberg. Lobbies, conchavos e politicagens baratas circulam por aí. O plano de universalização da banda larga proposto pelo MCT ainda não saiu do papel. Parece que alguém está com medo. Seria um rabo-preso?

As 'telcos' já propuseram a implantação de internet banda larga em 55mil escolas do Brasil como meta primordial do plano de universalização, em troca sabe de que? Ora ora, dos danados 6 bilhões que elas mesmo tiveram que recolher. Ai ai, é muita safadeza... paciêêêêêêência!

Fiquem atentos, 2010 está aí, campanha presidencial.
Quero ver quem vai ter peito pra propôr um uso realmente justo desse montante que nós ajudamos a somar.
Fatias de mercado estão em jogo, mas antes de tudo estamos nós, cidadãos que sabemos o quanto é importante a convergência das telecomunicações para a distribuição do conhecimento e evolução do nosso país.



Gleizer Freitas
Fortaleza, 21 de Maio de 2009


Mais Informações:
ABUSAR: Nova Telebrás pode ser o Operador Nacional das Redes IP
ABUSAR: Relatório da ANATEL - ALTERAÇÃO DE METAS DO PGMU
MCT: Fiscalização Financeira debate uso dos recursos do Fust
TELEBRÁS: Histórico
G1: Telebrás fará aumento de capital de até 200 milhões
G1: Telebrás pode gerir programa de inclusão digital

Um comentário:

Anônimo disse...

Intercâmbio é o termo genérico para descrever todos os tipos de estudos no exterior de uma forma mais abrangente.

Em sua descrição básica, intercâmbio é a realização de uma viagem ao exterior com o objetivo de conhecer os costumes, tradições, tecnologias e o idioma de um país estrangeiro, ficando hospedado na casa de uma pessoa nativa daquele local. O estudante geralmente não conhece a pessoa com quem vai se hospedar e também não fala o mesmo idioma que ela.

1. Tipos
Intercâmbio cultural
Intercâmbio científico
Intercâmbio profissional
Intercâmbio universitário
Muitos dos "Tipos de Intercâmbio" nada mais são que maneiras diferentes de se referir ao mesmo termo simplificado Intercâmbio mesmo que cada um tenha suas peculiaridades.

Me desculpa ,mas ta errado sua ortografia