sábado, 29 de agosto de 2009

Governo cria comitê para programa de inclusão digital

1 - Governo cria comitê para programa de inclusão digital

27/08/2009 |
Redação
Tele Síntese

O governo instituiu o Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, por meio de decreto, com o objetivo principal de estabelecer diretrizes gerais de gestão e aplicações dos recursos financeiros destinados aos projetos nessa área. A presidência ficará a cargo da Casa Civil e será composto por representantes do gabinete pessoal da Presidência da República, da Secretaria de Comunicação Social e dos ministérios da Comunicações, Ciência e Tecnologia, Educação, Cultura e Planejamento.

A articulação do comitê ficará a cargo de César Alvarez, do gabinete pessoal da Presidência da República, que assumirá a secretaria-executiva do comitê. Entre suas atribuições está a de acompanhar a implementação das deliberações e diretrizes fixadas e elaborar minutas de relatórios de desempenho do Programa de Inclusão Digital e projetos vinculados, a serem apreciados e aprovados pelo comitê.

ProTic

Já o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, designou hoje os integrantes do comitê gestor do ProTic (Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação), intituído em junho deste ano, com o objetivo de incentivar projetos de pesquisa, o programa quer dar especial atenção ao Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre.

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2 - Verizon e Time Warner vão testar TV na Internet

27/08/2009 |

Redação
Reuters Brasil

NOVA YORK (Reuters) - A segunda maior operadora de TV a cabo dos Estados Unidos, a Time Warner Cable, e o grupo de telecomunicação Verizon anunciaram nesta quinta-feira que vão participar de um experimento com outras grandes empresas de mídia para oferecer programas de TV na Internet a assinantes pagos.

As redes que participam do teste "TV Everywhere", da Time Warner Cable, incluem os canais Syfy, TNT, HBO, TBS, AMC, IFC, Sundance Channel e BBC America.

Outras empresas envolvidas no projeto experimental são a CBS e a Discovery Communications.

O experimento da Time Warner Cable prevê a disponibilização de programas de TV na Internet a 5.000 residências de assinantes pagos. Os assinantes poderão acessar os programas nos sites das próprias redes de TV e também nos sites pertencentes à Time Warner Channel.

A Verizon disse que vai lançar um teste de sua TV online FiOS com programação das redes Turner, TNT e TBS, sem custos adicionais.

Em julho, a empresa de comunicação Comcast fechou contrato com a CBS e 17 outras redes a cabo para participarem de seu experimento de disponibilização de mais programas de televisão a assinantes na Internet.

A TV Everywhere é comandada pelo executivo-chefe da Time Warner, Jeff Bewkes, e o executivo-chefe da Comcast, Brian Roberts. Tanto os proprietários da rede a cabo quanto seus parceiros estão determinados a impedir que o modelo econômico bem sucedido da televisão a cabo seja prejudicado pela oferta gratuita de programação na Web.

Hoje, programas de transmissão gratuita de emissoras abertas já estão disponíveis na Internet em sites como o Hulu.

3 - Radiodifusores temem a popularização das broadband TVs

28/08/2009 |
Fernando Lauterjung
Teletime

O lançamento no Brasil, recentemente, do primeiro modelo de "broadband TV" (televisores com acesso direto a conteúdos da Internet) não passou de forma desapercebida pelos radiodifusores. E, claramente, não os deixou confortáveis com a possibilidade a chegada de mais um elemento para disputar a atenção do consumidor e o espaço na tela. A primeira broadband TV do Brasil, fabricada pela Samsung, é capaz de acessar conteúdos do Terra, do YouTube e de outros parceiros de conteúdo, desde que conectada à banda larga. Ela foi o centro de um debate encabeçado por Fernando Bittencourt, diretor de tecnologia da TV Globo, no Congresso da SET nesta quinta, 27. Logo no início, aparentemente de forma acidental, a TV, que estava conectada em banda larga, exibiu um vídeo do YouTube recheado por palavras de baixo calão em inglês. O operador do controle remoto da TV ultra moderna levou algum tempo para conseguir apertar o botão "pause", o que acabou arrancando gargalhadas da plateia. Bittencourt lembrou, antes de iniciar os debates, que a Internet é um ambiente desregulamentado. "Isso tem impactos, já que a TV tradicional tem regras como classificação indicativa", disse.

Bittencourt afirmou ainda que a TV "cada vez mais se confunde, em termos tecnológicos, com o computador" e destacou que, graças ao acesso à banda larga, passa a contar com oferta ilimitada de conteúdo. Contudo, destacou que a TV, tradicionalmente, é um equipamento que proporciona uma experiência coletiva de assimilar conteúdo e questionou se não haveria agora um antagonismo, já que a Internet seria uma mídia "individual". "Será que, ao buscar um conteúdo no YouTube na TV da sala, o sujeito não vai desagradar ao restante da família?", perguntou.

TV individual

Virgílio do Amaral, diretor de tecnologia da TVA, discordou de Bittencourt, afirmando que o conceito da TV única na residência vem perdendo relevância. "80% dos assinantes de TV têm dois pontos ou mais na casa. Não vemos mais como uma mídia de família, mas como algo segmentado dentro da residência", disse o executivo. A TVA, em parceria com a Telefônica, oferece em alguns bairros de São Paulo um serviço de vídeo sobre fibra, no qual trafega, além dos canais lineares da TV por assinatura e da canais pay-per-view, vídeo sob demanda através de uma locadora virtual com 600 títulos. Bittencourt lembrou que a TV também está mudando, tendo um salto de qualidade com o HD. "A alta definição está trazendo a família para a sala novamente. Durante muitos anos, isso vai perdurar. No quarto não tem alta definição", disse.

Tiago Ramazzini, diretor do centro de competência de Internet do Terra, afirmou que o compartilhamento da TV na sala pode também ser natural. "Uma família pode eventualmente buscar uma notícia sobre o clima, ou sobre o resultado do jogo do Grêmio", disse. O executivo do Terra destacou que o portal hoje oferece apenas conteúdos na foram de widgets, aplicativos que se sobrepõem às imagens da televisão. A ideia é que no futuro o portal também ofereça vídeo, sempre de forma gratuita, com modelo de negócios baseado em publicidade.

Receitas

Sobre a publicidade, Rodrigo Köpke Salinas, advogado do escritório Cesnik, Quintino e Salinas, afirmou que colocar estes aplicativos, sobretudo com publicidade, sobre o conteúdo da TV aberta, fere os direitos autorais do radiodifusor, dono do conteúdo. "A sobreposição de conteúdos só é possível se houver autorização do titular do conteúdo", disse. Questionado por este noticiário se o conceito não seria o mesmo do antigo recurso de "picture-in-picture", embarcado em alguns televisores e que permite assistir mais de um canal simultaneamente, Salinas disse que não. Segundo ele, no picture-in-picture há uma separação do conteúdo, seja quando a tela está dividida em dois, seja quando um segundo conteúdo é sobreposto, desde que com uma margem o separando do conteúdo do canal.

Bittencourt destacou que em mercados mais avançados, que já contam com este tipo de dispositivo há mais tempo, a audiência da TV não caiu. "Apenas 20% dos broadband TVs estão efetivamente ligados à Internet", disse. "Mas é uma questão de criar o hábito", admitiu.

Amaral, da TVA, finalizou com uma provocação. Para ele, o grande desafio dos radiodifusores é para manter a audiência. "Como fica o horário nobre com a segmentação e a oferta ilimitada de conteúdo? Se o canais abertos perderem o futebol, por exemplo, a competição fica difícil", disse

4 - Lentidão da internet 3G põe em xeque a web móvel

27/08/2009 |
Filipe Serrano
IG

Os mais de 2,2 milhões de brasileiros que usam modens 3G para acessar a internet passam hoje por uma encruzilhada tecnológica. Aquilo que era a promessa de internet em qualquer lugar e mobilidade completa tem deixado muitos consumidores desapontados, principalmente aqueles que viam na conexão pela rede de celular uma alternativa às restritas opções de serviços de banda larga fixa.

A insatisfação com as velocidades e com a qualidade dos serviços mostra que a demanda por internet móvel está evoluindo muito além do que a tecnologia e a infraestrutura de telecomunicações consegue acompanhar. Com as vendas de notebooks em alta (em 2008 foram vendidas 3,2 milhões de unidades), as pessoas passaram a querer usar internet 3G da mesma forma que usam banda larga fixa. E simplesmente não dá.

É por isso que a velocidade de conexão foi o pior atributo dos modens 3G em uma avaliação entre mais de 600 clientes pesquisados para um estudo sobre a internet móvel no Brasil, da consultoria YankeeGroup.

O advogado Alexandre Corrêa, de Osasco (SP), é um dos que se frustraram. Usuário há quase quatro meses, quando comprou um netbook e cancelou o plano de banda larga de casa, ele diz que a velocidade ficou em um nível adequado apenas no primeiro mês. "Só não me arrependi por completo porque o benefício de levar o notebook e acessar a internet em outros lugares ainda compensa."

A situação dele é parecida à de Marta de Souza, de Guarulhos (SP). Ela chegou a trocar de operadora para ver se a lentidão mudava, mas não teve sucesso. "Não vejo filmes, não baixo jogos, não faço download de nada; uso para ler e-mail, notícia e só; e não funciona. Tenho medo de trocar (de empresa) de novo e encontrar outro serviço que não dê conta", afirma.

Analistas e especialistas em telecomunicações, porém, estão mais otimistas do que os usuários. De acordo com eles, as dificuldades são causadas porque houve um crescimento muito além do esperado e as redes das operadoras não estavam preparadas. Em um ano de crise, as empresas ainda não puderam investir tanto para acompanhar a expansão. Outra questão é a própria tecnologia de transmissão de dados pelas redes de celular, que tem problemas de todos os tipos: está sujeita à interferência e não comporta uma grande quantidade de tráfego de informação, como nas redes fixas, já consolidadas.

"O 3G não está propondo uma mobilidade estática (como no Wi-Fi). É uma mobilidade para trocar pacotes de dados mesmo em um carro. É uma rede complexa e a probabilidade de ter alguma interferência é muito grande", explica Hélio Salles, diretor de mercado de telecomunicações do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

O problema é exatamente esse. Assistir a vídeos, baixar arquivos com centenas de megabytes, fazer ligação de voz já são hábitos comuns (e pesados). Como não é possível garantir nem uma velocidade de 1 megabit por segundo, nos casos mais otimistas, a impressão que o 3G passa é a de uma tecnologia nova que não dá conta do que as pessoas precisam.

"Até pela forma que foi divulgado, o modem 3G gerou uma expectativa alta no consumidor, que esperava uma banda larga como a de casa, e a conexão não suporta", diz Vinicius Caetano, analista do IDC. E Júlio Püschel, do YankeeGroup, conclui: "Entendo o lado das operadoras, mas elas têm de se preparar para não deixar uma percepção ruim do serviço".

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