ATO DAS OCUPAÇÕES URBANAS
DIA: 14 DE MAIO - SEXTA
HORÁRIO DA CONCENTRAÇÃO: 9H
LOCAL: PRAÇA 7
OBJETIVO: SENSIBILIZAR A SOCIEDADE E FORÇAR OS GOVERNOS A NEGOCIAREM UMA SOLUÇÃO DIGNA PARA AS OCUPAÇÕES AMEAÇADAS DE DESPEJO.
PANFLETO EM ANEXO.
SAUDAÇÕES
BRIGADAS POPULARES
Em 13 de maio de 2010 20:50, Frei Gilvander <freigilvander@pcse.org.br> escreveu:
CRESCE A LUTA DOS SEM-CASA QUE OCUPAM A PRAÇA 7, em BH. Cresce também o apoio da sociedade e de algumas autoridades.Dia 13/05/2010: INFORME do QUARTO dia de ACAMPAMENTO DAS OCUPAÇÕES NA PRAÇA 7, em Belo Horiozonte - Marcha pela paz contra dos Despejos - 13/05/2010, às 20:30h.Amiga/o, cf. em anexo um pequeno texto: "Ocupações urbanas e o direito à cidade - Não se espante, cante!" de Joviano Mayer.INFORME do QUARTO dia ACAMPAMENTO: Marcha pela paz contra dos Despejos - 13/05/2010, às 20:30h.Pelo QUARTO dia consecutivo continuou o ACAMPAMENTO DO POVO DAS OCUPAÇÕES Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy, acampados na PRAÇA SETE, em Belo Horizonte.Abaixo,INFORME DO 4o dia de luta - dia 13/05/2010.Cerca de 350 pessoas dormiram pela 3a noite consecutiva ao relento na Praça 7, centro de Belo Horizonte, na noite de 12 para 13/05/2010.Pela manhã, várias comissões foram em busca de apoio de autoridades e da sociedade. Visitamos vários gabinetes de deputados. Vários prometeram interceder ao Governador Anastasia para receber em Audiência uma Comissão das 3 ocupações (Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy, onde quase 1.200 famílias já construíram 800 casas e estão se construindo.). A solidariedade interna entre o povo das ocupações é algo divino. O ânimo não se abate. "Lutaremos até conquistar nossa casa e depois continuaremos na luta construindo uma nova sociedade", dizem muitos.Na Ocupação Dandara, hoje Comunidade Dandara, o terreno ocupado, que era da Construtora Modelo estava abandonado há 40 anos, sem cumprir a função social. Cumpre lembrar que a Construtora Modelo deve à prefeitura de BH mais de 2 milhões de IPTU e, ao lado da sua co-irmã, a construtora Lotus, enfrenta na justiça, como ré, 2.557 processos, pois já lesou milhares de mutuários.Houve revezamento de parte do pessoal hoje. Outros 3 ônibus de pessoas da Ocupação Dandara chegaram à Praça 7, por volta das 10:30h para reforçar o Acampamento.Ao 1/2 dia almoçaram. Uma rede de apoio solidário às 3 ocupações está garantindo a alimentação do povo.A tarde toda foi muito movimentada. Os deputados Durval Ângelo e Padre João visitaram o Acampamento na parte da tarde e hipotecaram todo apoio aos sem-casa das Ocupações. Aliás, já vem dando apoio desde o início das ocupações. O vereador Adriano Ventura também visitou o povo acampado na Praça 7.Das 14:00h às 18:00h o povo sem-casa acampado na Praça recebeu a visita do povo que veio manifestar contra a Intolerância religiosa. Cerca de 700 pessoas se somaram aos 350 sem-casa, organizados pelas Brigadas Populares e pelo Fórum de Moradia do Barreiro. Houve muita apresentações culturais,capoeira, congado e muia música. Povo do candomblé, da Umbanda, do espiritismo, homossexuais, junto à família sem-casa das Ocupações Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy. Todos irmanados na construção de um mundo sem discriminação, com ecumenismo, justo e fraterno.Às 17:30h, foi dado mais um abraço no Pirulito (obelisco) da Praça 7, interrompendo o trânsito por uns 20 minutos. O povo recuou para a chegada de um grande trio elétrico e às 18:00h interrompeu novamente o trânsito por mais 15 minutos. A tensão ficou grande entre motoqueiros que ameaçavam romper o bloqueio, mas tiveram que esperar a autorização do povo das Comunidades. A PM, sob comando do Cel. Carvalho, acampanhava para evitar provocações e incidentes desagradáveis. "Bloquear o trânsito é uma arma que temos que usar, pois incomoda as pessoas que estão em automóveis e ônibus apenas por pouco tempo e nós, sem-casa, somos incomodados 24 horas por dia, porque não temos onde morar com dignidade. Esperamos a compreensão da sociedade. Precisamos construir uma cidade que caiba todos e não apenas uma minoria rica", ensinou um acampado da Praça 7.Depois foi feita uma passeata até à Praça da Estação, onde lideranças discursaram no microfone do trio elétrico reivindicando respeito à diversidade cultural e religiosa e exigindo que o Governador Anastasia receba, em, uma Comissão das 3 ocupações que continuarão, amanhã, pelo 5o dia em luta na Praça 7.Às 19:30h, recebemos um telefonema do Manoel Costa, Secretário da SEARA - Secretaria Extraordinária de Reforma Agrária - dizendo que o Governador Anastasia tinha pedido a ele para ver com as lideranças do Movimento sem-casa quais eram as reivindicações. A Coordenação do Acampamento das 3 Ocupações se reunirá para ver se aceita conversar com Manoel Costa ou se espera a marcação de uma Audiência com o Governador. O certo é que a luta continuará também na Praça 7 até que o Governador se abra ao diálogo, pois é a vida de 1.200 famílias que estão em jogo.Amigos e apoiadores ofereceram o jantar para as as 350 pessoas que ocupam, pelo 4o dia, a Praça 7.O povo das 3 ocupações permanecerá por tempo indeterminado acampado na Praça 7, coração de Belo Horizonte, esperando a resposta do Governador Anastasia sobre pedido de Audiência de uma Comissão das 3 Ocupações com o Governador. A luta continuará amanhã, dia 14/05, para que o direito à moradia não fique apenas no papel da Constituição, mas caia no chão da vida do povo.Pela Brigadas Populares e Coordenação do Acampamento na Praç 7,Frei Gilvander Moreira, às 20:30h de 13/05/2010.Mais informações:Irmã Rosário: cel.: 031 9241-9092Joviano Mayer: cel.: 031 8815-4120 / 9708-3048.Lacerda: cel.: 031 9708 4830Frei Gilvander Moreira, cel.: 031 9296 3940Informe do 2o dia de luta da Marcha pela Paz contra dos despejos, abaixo:Cerca de 1.500 pessoas das Ocupações Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy, de Belo Horizonte, após marcharem 25 kms (a pé), do Céu Azul ao Centro de Belo Horizonte, ocuparam hoje, dia 11/05/2010, às 11:30h da sede da SEDRU - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana - do Governo estadual, ao lado do Colégio Santo Agostinho, na R. Gonçalves Dias, em BH. A Tropa de Choque, comandada pelo Cel. Teatini, com cães, bombas de gás lacrimogênio e forte aparato bélico expulsou o povo que ocupou por 2 horas a SEDRU. A desocupação só foi aceita pelo povo após o cel. Teatini telefonar para o secretário Particular do Governador Anastasia, o sr. Martins, e colocá-lo em diálogo com lideranças das Brigadas Populares e das Ocupações. O Povo voltou para Praça Raul Soares e ficou esperando, por escrito, via fax, a resposta do Governador sobre o dia, local e hora em que receberia uma Comissão de líderes das 3 ocupações. Às 15:30h, não chegando nenhuma resposta sobre a Audiência requerida, via celular e via ofício ao Gabinete do Governador Anastasia, as 1.500 pessoas retomaram a marcha pela Av. Amazonas, Av. Afonso Pena e manifestaram em frente à Prefeitura de Belo Horizonte. Voltaram pela Av. Afonso Pena e por 40 minutos deram um abraço no pirulito da Praça Sete interrompendo todo o trânsito que passava pela região. Sem receber sinal do Governador para uma audiência requerida, o povo resolveu e acampou na Praça Sete, onde está passando a noite ao relento (com crianças, idosos, mulheres grávidas, deficientes). Amanhã, dia 12/5 (quarta-feira) a luta do povo das 3 ocupações-comunidades Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy continuará, pela manhã na Praça Sete e às 11:00h irão em marcha até ao Tribunal de Justiça de MG, onde farão vigília para acompanhar o Julgamento de uma liminar em Mandado de Segurança que garante a posse para as 887 famílias de Dandara no terreno que era da Construtora Modelo, terreno que estava abandonado há 40 anos, sem cumprir a função social. Cumpre lembrar que a Construtora Modelo deve à prefeitura de BH mais de 2 milhões de IPTU e, ao lado da sua co-irmã, a construtora Lotus, enfrenta na justiça, como ré, 2.557 processos, pois já lesou milhares de mutuários.É muita luta e muita resistência. As 1.200 famílias das ocupações Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy jamais aceitarão ser despejadas. Lutarão até a última gota de sangue para que o direito à moradia e à dignidade humana não seja apenas no papel da Constituição Federal, mas para que se torne realidade no chão da vida do povo.Frei Gilvander Moreira, às 23:05h de 11/05/2010.Mais informações:Irmã Rosário: cel.: 031 9241-9092Joviano Gabriel Mayer: cel.: 031 8815-4120 / 9708-3048.Frei Gilvander Moreira, cel.: 031 9296 3940ENTENDA O CASO DA LUTA DAS 3 OCUPAÇÕES EM BELO HORIZONTE:Marcha pela Paz contra os Despejos em Belo HORIZONTE.
Em Belo Horizonte, começou, hoje, dia 10 de maio de 2010, dia do martírio do Padre Josimo Tavares, às 15 horas, a Marcha pela Paz contra os Despejos da Ocupação/Comunidade Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy, em direção ao Centro de Belo Horizonte para pressionar o Poder Público a negociar com as Comunidades ameaçadas de despejo na capital. Serão mais de 20 Km de caminhada pela construção do diálogo em busca de uma saída digna. Os marchantes, hoje, mais de 1.500 pessoas da Comunidade Dandara, dormirão no Colégio Sagrada Família, na Av. Catalão, Caiçara, Belo Horizonte. Amanhã, dia 11/05, às 6 horas da manhã retomarão a marcha até à Praça Raul Soares, onde chegarão por volta das 12 horas.A Comunidade Dandara, no bairro Céu Azul, em Belo Horizonte (887 famílias) está prestes a testemunhar a derrubada pela Corte Superior do Tribunal de Justiça da liminar que lhe assegura a posse no imóvel. A Comunidade Camilo Torres, no Barreiro, BH (142 famílias) possui mandado de reintegração de posse já expedido desde o início de 2009, tanto a parte pública como a parte privada do terreno de 11 mil metros quadrados, terreno que estava abandonado e não cumpria a função social há décadas. O Novo Lajedo (aproximadamente 1000 famílias), comunidade vizinha da monstruosa operação urbana que a Prefeitura de BH pretende implantar na Mata do Isidoro, passando pelo Quilombo Mangueiras, que foi surpreendido recentemente com uma nova liminar de despejo, depois de mais de 10 anos de resistência na área. A Ocupação Irmã Dorothy, no Barreiro, BH, (132 famílias) tem a posse assegurada por decisão precária que pode ser derrubada a qualquer momento. Isso sem falar das inúmeras outras comunidades que vivem o drama da insegurança da posse, como as Torres Gêmeas no Bairro Santa Teresa, Ocupação Navantino Alves na área hospitalar, Comunidade Recanto UFMG na Av. Antônio Carlos etc.São milhares e milhares de famílias que, tendo suas casas demolidas pela truculência dos tratores, irão aumentar ainda mais o insustentável déficit habitacional de Belo Horizonte, cidade que já ostenta o título de 13ª cidade mais desigual do mundo (ONU).Diante da posição da Prefeitura de Belo Horizonte em não dialogar com as organizações e movimentos populares e tratar as ocupações como caso de polícia, vamos cobrar a imediata intervenção do Governo estadual, que também tem responsabilidade pela penúria em que vivem os sem-casa da capital mineira. Os governos municipais, estadual e federal estão sendo omissos no atendimento ao direito à moradia, prescrito na Constituição Federal.Há mais de 20 anos, o Governo do Estado não constrói nenhuma unidade habitacional em Belo Horizonte. Por outro lado, o Programa Lares Gerais da COHAB, MG, que possui empreendimentos apenas fora da capital mineira, está suspenso desde 2008, sem cadastrar nenhuma família. Além disso, os compromissos assumidos pelo Governo do Estado com as famílias da antiga Ocupação do Cardio Minas (2003) não foram cumpridos até a presente data.Por tudo isso, estamos em marcha ocupando as ruas de Belo Horizonte soltando um grito de paz contra as remoções forçadas. Somos sujeitos de direitos assegurados constitucionalmente e o despejo não nos cabe.Convidamos apoiadores e apoiadoras, entidades e movimentos solidários à causa dos/as trabalhadores/as de periferia, as pessoas de boa vontade, para marcharem junto a nós por uma cidade onde caibam todos e todas!- BRIGADAS POPULARES - - FÓRUM DE MORADIA DO BARREIRO -Mais informações:Irmã Rosário: cel.: 031 9241-9092Joviano Gabriel Mayer: cel.: 031 8815-4120 / 9708-3048.Frei Gilvander Moreira, cel.: 031 9296 3940
Um abraço terno. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.br
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