quarta-feira, 18 de março de 2009

CRIMINALIZAÇÃO NO PARÁ: OS MOVIMEN TOS SOCIAIS REAGEM

Data: 17/03/2009
No início desta tarde, em entrevista coletiva a SDDH (Sociedade Paraense em Defesa dos Direitos Humanos), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) apresentaram os pedidos de Petição encaminhados ao Tribunal de Justiça do Pará- TJE e Conselho Nacional de Justiça – CNA com denúncias e ações imediata em relação aos ataques que militantes e defensores de direitos humanos vem sofrendo no Pará nos últimos dias.


O presidente da SDDH, Marco Apolo Leão afirmou que atual ofensiva contra os movimentos sociais dos setores retrógrados da sociedade querem instalar o caos no campo. Sendo que com os 111 pedidos de reintegração de posse, faria com que mais de 200 mil pessoas fossem diretamente afetadas.


“Como os representantes do Tribunal de Justiça externa tão eficiência e celeridade a privilegiar uns poucos setores da sociedade com sede de sangue, com falta de ética e sem bom senso? Enquanto que não agi com a mesma celeridade para apuração dos mais de 72 casos de crimes do latifúndio oficializado pelo mesmo, com os mais de 10 casos julgados e condenados no TJE em que nenhum foram efetivamente presos como os casos de Eldorado dos Carajás, Fazenda Ubá, Ir. Dorothy Stang, entre outros.” Declarou .


Para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Ulisses Manaças, o conjunto de ações que o movimento vem sofrendo, principalmente com as declarações do Ministro da Justiça Gilmar Mendes e da Senadora Kátia Abreu do DEM-TO, são instrumentos de criminalização dos movimentos sociais.


“Nós, do MST entraremos com um pedido de processo denunciando a Senadora Kátia Abreu da CNA (Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil) e contra Carlos Xavier presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – FAEPA por calúnias, injúrias, difamações, além de incitação à violência, tendo em vista as últimas declarações nos meios de comunicação fazendo com que se estimule fazendeiros se armar contra os movimentos sociais e fortalecem as milícias armadas no campo”. Afirmou Manaças.


Além destas medidas, as entidades entraram com recomendações junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciando o Estado do Pará sobre as não resoluções dos mais de 14 chacinas em decorrência dos conflitos no campo nos últimos 20 anos.


Com Informações da Vía Campesina Pará.

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