Hoje, 21 de abril de 2009, estivemos reunidos/as na Casa das Irmãs Filhas de Jesus, na Av. Otacílio Negrão de Lima, 6960 – Pampulha, Delze Laureano (advogada), Frei Gilvander (da CPT), Fábio (advogado), Rosário (irmã das Filhas de Jesus), Edvaldo (irmão Marista), Pe. João Carlos, Jose Fernando e Adenilson (Cavanis), Joviano (da frente pela Reforma Urbana) e Bruna (da frente Juventude), estes últimos das Brigadas Populares.
Para a reunião o convite foi feito via CRB e através de contatos telefônicos, convocando os religiosos e religiosas, sobretudo os/as da região do entorno onde se encontra a Ocupação Dandara a fim de fortalecer o Comitê de Solidariedade e discutir propostas concretas de atuação junto à Ocupação.
Num primeiro momento fizemos uma breve apresentação e em seguida, falou-se da boa notícia da decisão judicial acolhendo o recurso de agravo interposto pela comissão jurídica que acompanha a Ocupação suspendendo a liminar de despejo.
O Dr. Fábio explicou o processo, mas chamou atenção para a importância de seguirmos atentos, sobretudo ajudando na organização da comunidade e, na medida do possível, ir ocupando o espaço com construções. Foi pedido para uma arquiteta da PUC - Minas elaborar um projeto
A Dra. Delze pediu atenção para a possibilidade de o Município de Belo Horizonte entrar com um recurso de suspensão da liminar.
Joviano fez uma retrospectiva histórica da Ocupação lembrando a aliança entre as duas bandeiras: Brigadas Populares com a Reforma Urbana e MST com a Reforma Agrária e as experiências de Acampamentos Rururbanos, cuja modalidade é a da Ocupação Dandara.
Joviano também destacou que segundo dados do ITER (Instituto de Terras), em Belo Horizonte existem, aproximadamente, 500 fazendas improdutivas como estava o local onde hoje está a Dandara. Falou ainda do problema do déficit habitacional.
O projeto para a Ocupação Dandara é construir uma comunidade baseada na solidariedade, na justiça e na capacitação para geração de renda.
Foi lembrado o processo de massificação quando o planejamento primeiro foi para um número menor de pessoas. As famílias foram chegando de vários lugares, a pé, de bicicleta, de ônibus coletivo e, muitas, só com o dinheiro da passagem de vinda. A maioria delas, vítimas de aluguéis, despejos e desapropriações.
Agora, uma das propostas é fazer a desaglomeração dos barracos e buscar ajuda para demarcar o espaço para favorecer as construções. Foi lembrado ainda que há 400 famílias na lista de espera.
COMO COLABORAR COM A OCUPAÇÃO
Algumas propostas concretas ficaram definidas, contando, com todas as pessoas de boa vontade que queiram desenvolver alguma atividade no local e ajudar na organização coletiva da comunidade da Ocupação Dandara.
- Convocar pessoas, entidades civis e religiosas, instituições, políticos para visitarem o local da ocupação;
- Construir uma tenda (como lona de circo) para que seja um local de encontro das pessoas, celebrações, festas, encontros pastorais, enfim, um espaço comunitário. Para isso, necessita-se de ajuda financeira;
- Reorganizar as famílias (atualmente em grupos de 100) em grupos menores, talvez de 50 famílias;
- Convocar o Secretário de Saúde da região, Osmar Pereira, para, emergentemente, oferecer acompanhamento às famílias, mulheres grávidas e crianças, visto que há risco de epidemias;
- Fortalecer as campanhas de alimentação, medicamentos, roupa de frio;
- Recorrer ao Centro Marista de Solidariedade (através do Ir. Edvaldo Marista) e os colégios de Belo Horizonte;
- Convocar religiosos e religiosas para, diariamente, fazerem-se presentes no local, com atividades com as crianças, os jovens e as famílias. (Idéia, ex. de Círculos bíblicos, trabalhar com a cartilha “O MST e a bíblia”, grupos de mulheres e outras atividades que surgirem como necessárias;
Para isto: convidar as pessoas (através do ISTA, FAJE e CRB) que desejam trabalhar na Ocupação e fazer uma escala com os dias da semana e os horários (ajuda do Adenilson e José Fernando (Cavanis), Edvaldo (Marista) e Rosário (Filha de Jesus);
- Convidar o Circo de Todo Mundo para vir mais vezes ao local;
- Convocar os Vicentinos das Paróquias vizinhas através do Pe. Julio, vigários Episcopal da região, para visitar as famílias e atende-las;
- Fazer momentos de ensaios de cantos (populares, cebs, dos movimentos e outros);
- Acompanhar um grupo de Mulheres que já está se formando no local;
- Campanha de Caixas de leites para forrar os barracos.
- Abertura a outras sugestões de atividades no local
IMPORTANTE:
Toda atividade religiosa deve ser numa visão ecumênica, pois têm várias denominações religiosas na Comunidade.
As pessoas que irão trabalhar no local terão uma formação/capacitação dos coordenadores/as da Ocupação (do MST, Brigadas Populares e Fórum de Moradia, um espaço de boa formação e aprendizado). Isso nos ajudará a “falar uma mesma língua” e usar métodos comuns no fortalecimento da organização do povo. Isso pensamos já para, no máximo, na próxima semana.
A CAPANHA EM DINHEIRO CONTINUA SENDO FEITA E COM MUITA EMERGÊNCIA
Conta poupança da Caixa Econômica Federal nº 204470-4 da agência 2333, op 013.
Também seria útil ajuda em créditos de celulares, pois temos tido muito uso deste recurso. (8522-3029, 8815-4120, 8616-8732, 8531-3551 pode ser feito o credito em bancas de jornal e bancos eletrônicos.)
ENDEREÇO E INFORMAÇÕES PARA CHEGAR AO LOCAL:
Av. Horácio Terena Guimarães, 495 - Céu Azul – Belo Horizonte, MG
Ônibus: 3302 – 2213 – 2215 (Céu Azul)
Descer Próximo à Escola Estadual Deputado Manoel Costa
Telefones para contato:
Cel.: 031 8815-4120 (com Joviano) / 8812-0110 / 8622-9698 / 9227-1606 / 8779-6569
Para algum trabalho no local ou doações:
Joviano: 88154120
Ir. Rosário: 3491 5031 – 9241 9092
Ir. Edvaldo: 3496 1015
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