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O jornalista norte-americano John McManus quer ajudar o público a ler nas entrelinhas de jornais e revistas, procurando identificar omissões, equívocos e informações fora de contexto.
Ele já havia tentando antes criar um sistema onde os leitores, ouvintes, telespectadores e internautas opinavam sobre as notícias publicadas na imprensa norte-americana para organizar um ranking de credibilidade.
Agora ele partiu para uma experiência ainda mais inovadora ao publicar um
Trata-se de uma produção independente em que o interessado pode comprar o DVD inteiro ou por capítulos, ou ainda alugar o livro durante um ano e meio, bem como trocar idéias com outros leitores por intermédio de um fórum.
Dos nove capítulos, cinco são dedicados à análise da crise na imprensa e suas conseqüências sobre a credibilidade das notícias consumidas pelo público. Três capítulos discutem como identificar falhas na produção das informações como omissões, erros de interpretação e de contextualização, as agendas ocultas, identificar as chamadas notícias “plantadas” e operações de lobby disfarçado.
O último capítulo dá dicas sobre como avaliar a qualidade da informação numa perspectiva proativa, ou seja, como produzir informações de qualidade com o máximo de credibilidade.
O autor apresenta seis regras básicas para identificar noticias tendenciosas: 1) Identificar possíveis conflitos de objetivos entre o interesse público e o dos autores ou patrocinadores de uma determinada notícia; 2) Identificar o objetivo da notícia. Se ela promove alguma idéia, projeto ou iniciativa comercial, política ou ideológica; 3) Identificar os grupos sociais, econômicos e políticos afetados pelo projeto ou iniciativa, destacando se as opiniões dos atingidos foram destacadas adequadamente ou não; 4) Examinar cuidadosamente os fatos e alegações publicadas; 5) Identificar quem ganha e quem perde com o desenvolvimento do projeto ou iniciativa; 6) Verificar como os outros órgãos da imprensa estão tratado o assunto central da notícia. McManus faz uma distinção entre verdade e veracidade. A primeira, segundo ele, é impossível de ser alcançada de forma total e definitiva porque todos nós temos percepções diferentes de uma mesma realidade ou fato. É humanamente impossível conhecer todo o contexto de todos os dados, fatos, processos e notícias.
Já a veracidade é viável porque depende da recombinação do maior número possível de percepções sobre um mesmo fato, dado ou processo. A veracidade é necessária por que implica aproximar-nos o mais possível da verdade, embora sem chegar a ela de forma total. |
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Livro digital ensina leitura crítica da imprensa
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