A primeira reunião, em meados de outubro,
terminou sem consenso após apresentação de três propostas, uma do
Ministério do Meio Ambiente, uma do Ministério de Ciência e Tecnologia
e outra do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Na ocasião, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os textos fossem
agrupados e hoje (2) deve bater o martelo sobre a posição brasileira na
COP-15.
O único ponto definido até agora é o objetivo de
reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do
Meio Ambiente defende defende redução de 40% das emissões até 2020. Os
ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores –
encarregado da negociação diplomática – têm ressalvas a compromissos
mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países
desenvolvidos.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc
considera um cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma
de todos os bens e serviços produzidos no país) de 4% ao ano. A pedido
da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, Minc deve apresentar
duas alternativas, com crescimentos de 5% e 6%. No entanto, quanto
maior o PIB, maiores as emissões, o que deve exigir esforços maiores de
setores como energia e indústria para garantir queda na ordem de 40%.
Organizações ambientalistas e da sociedade civil
e até empresários têm pressionado o governo para que o Brasil leve uma
proposta ambiciosa a Copenhague para pressionar países ricos a
assumirem compromissos maiores.
Na conferência, os 192 países membros da
Organização das Nações Unidas (ONU) terão que chegar a um consenso
sobre o novo acordo global para complementar o Protocolo de Quioto
pós-2012. A negociação – que anda travada – é para ampliar metas
obrigatórias para os países ricos, incluir os Estados Unidos no regime
de controle de emissões de gases estufa e definir compromissos mais
efetivos para grandes emissores em desenvolvimento, como Brasil, China
e Índia.
Além de Minc e Dilma, participam da reunião com o
presidente Lula os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e
das Relações Exteriores, Celso Amorim, e representantes do Fórum
Brasileiro de Mudanças Climáticas.
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