Data: 28 de
novembro de 2009
Local: Sindi-rede
Horário: 9:00
as 12:00 hs
Numero de participantes:
40
Entidades representadas:
CPT, ACRANDA, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Barbara, CONLUTAS,
Sindicatos de Itabira e Congonhas - METABASE, Brigadas Populares, Assembléia
Popular, Associação do Bairro São Geraldo, Movimento pelas Serras
e Águas de Minas, Articulação São Francisco, Conceição do Mato
Dentro Sustentável, Movimento pela Preservação da Serra da Gandarela,
ENEBio, Projeto Manuelzão, STICPH, Fundação IBI, Caminhos da Serra,
Agenda 21, PSTU, PSOL, PCB, SITRAEMG, MACACA, APRAPUHA, RENAP, UJC,
Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.
Municípios envolvidos:
Itabira, Congonhas, Belo Horizonte, Betim -Sarzedo, Caeté, Santa Barbara,
Conceição do Mato Dentro, Gouveia (região do leste mineiro).
Relato
Foi relatado que já
existe um grupo em Minas discutindo os impactos da Vale com reuniões
mensais, e uma articulação com outros Estados também com reuniões
mensais. Os impactos da empresa tem sido discutidos por vários grupos
não somente no Brasil, mas em outros países onde a empresa tem atuação,
buscando formar uma rede.
Houve exposições
de casos sobre os impactos que a empresa Vale tem gerado para a população,
trabalhadores e ao meio ambiente:
● Bairro São Geraldo
- atropelamentos e dificuldades no transito devido a linha ferroviária,
falta de dialogo, pressão sobre a comunidade local;
● Itabira – pressão
sobre os trabalhadores das minas, demissões, falta de transparência
da empresa, poluição do ar e água.
● Capão Xavier e
Serra do Gandarela - impactos gerados nos mananciais de abastecimento
público de Belo Horizonte e para a população de entorno com a implantação
da mina de Capão Xavier e os impactos que virão com a implantação
do projeto Apolo (municípios de Caeté, Santa Barbara, Raposos e Rio
Acima), em mais um manancial de abastecimento publico de BH e região
metropolitana, projeto que já possui varias irregularidades.
Após, foi aberto para
que os presentes pudessem dar seu relato sobre a atuação da
Vale sendo falado sobre:
● a propaganda enganosa
que a mesma faz para que a população possa aceitar a implantação
de empreendimentos nos Municípios,
● a pressão e coação
sobre produtores rurais para a aquisição dos terrenos de interesse,
cooptação de entidades e representações de defesa social e ambiental,
pressão para as negociações de terra individual fragmentando assim
os proprietários, não pagamento das compras (deposito em juízo),
● poder de mando
e desmando da empresa apoiado pelo Governo Mineiro e Governos Municipais
que tem suas campanhas financiadas;
● pressão na população,
técnicos do sistema estadual de meio ambiente e trabalhadores;
● violação dos
direitos humanos, sociais e ambientais;
● impactos sociais
e ambientais ocorridos devido ao transporte rodoviário, ferroviário,
cava e barragens de geração de energia;
● valores bem abaixo
na aquisição de propriedades, em alguns locais não há o reassentamento
apenas pagamento pelo imóvel principal (Itabira);
● poluição do ar,
água e solo, impactos na biodiversidade, rompimento de laços sociais
e desestruturação e fragmentação de famílias, pressão psicológica.
Sugestões foram feitas
para serem aprofundadas pelo grupo em próxima reunião buscando ações
conjuntas para os atingidos mineiros:
● Formação de um
núcleo de estudos para a confecção de um relatório contendo os casos,
denuncias de violações para ser encaminhado a OEA (Helcio Pacheco);
● Acompanhamento
da população que e pressionada para a venda das propriedades (Geovanna);
● Ocupar os espaços
de representação da sociedade civil nos Conselhos e Comitês (Alex);
● Participação
efetiva no Plano Diretor da região metropolitana visando definir os
espaços e o uso e ocupação do solo (Dorinha);
● Seminário para
apresentar os impactos da Vale.
Convite feita por participantes
de atividades para o grupo participar:
● Mesa redonda na
PUC dia 03-12;
● Protesto na FCA
sobre a transposição da linha férrea;
Próxima reunião marcada
para o dia 18-12, na sede da CONLUTAS as 17:30.
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