NINGUEM PODE LHE REPRESENTAR!
PRÓXIMA QUARTA, DIA 24/03 - 13h30
AUDIÊNCIA PÚBLICA sobre a utilização da Praça da Estação
DEBATE SOBRE OS “DESCAMINHOS” DA POLITICA CULTURAL EM BH
QUARTA-FEIRA: dia 24 de março de 2010
HORA: 13h30
LOCAL: Câmara Municipal de Belo Horizonte, Plenário Camil Caram - Av. Andradas, 3.100 - Santa Efigênia – BH- (31) 3555-1122)
PRÓXIMO SÁBADO, DIA 27/03 – 10h
PASSEATA
Manifestação contra a Gestão despótica da Fundação Municipal de Cultura e do Prefeito Márcio Lacerda, frente aos abusos, que vão do fechamento da Praça da Estação, corte de verbas para cultura e cancelamento do FIT
SABADO- 27 de março de 2010
HORA: concentração às 10h
LOCAL: Praia da Estação (Praça da Estação) ITINERÁRIO: seguindo para a Prefeitura
SAIBA MAIS
A AUDIÊNCIA PÚBLICA
é fruto da demanda de uma ONDA de protestos, como saraus, encontros, reuniões, o Eventão, blogs, posts, panfletos e, dentre eles, a intitulada Praia da Estação, que TODOS OS SÁBADOS (a partir das 13h), desde janeiro, vem inundando de irreverência, bom humor e PROTESTO o centro de BH. Essa praia não tem líderes e nasceu da vontade individual, coletiva e cidadã dos belo-horizontinos contra os desmandos do prefeito que prefere governar através de decretos. A REDE da Praia é composta por pessoas que acreditam na livre ocupação da cidade. A reivindicação é tão consistente que ganhou voz na Câmara dos Vereadores através de Arnaldo Godoy, vereador responsável pelo agendamento da Audiência.
QUEM SABE FAZ A HORA
É de fundamental importância a participação de todos na AUDIÊNCIA PÚBLICA, pois nesse momento “praia” não PODE ficar “vazia”. Como a Praia da Estacão é impossível encontrar alguém que "represente" a praia, todos devem participar!
Quem quiser ir, deve refletir e estudar materiais e demandas no pracalivrebh.wordpress.com, e mandar ver lá na audiência, de forma objetiva e clara.
PARTICIPE E CHAME SEUS AMIGOS
Todos devem convocar efetivamente as associações/grupos que citamos nas cartas para que eles participem da audiência também.
ASSISTA a PASSEATA DO DIA 06/06 e trechos do EVENTÃO: http://pracalivrebh.wordpress.
ABAIXO LEIA A CARTA PUBLICA SOBRE A PRAIA
SAIBA MAIS PASSEATA Manifesto criado por artistas de Belo Horizonte, contra a Gestão despótica da Fundação Municipal de Cultura e do Prefeito Márcio Lacerda. Frente aos abusos, que vão do fechamento da praça da estação, corte de verbas para cultura e cancelamento do FIT
MANIFESTO CONTRA A GESTÃO AUTORITÁRIA
NA CULTURA DE BELO HORIZONTE
No próximo dia 27 de março deveríamos comemorar o dia internacional do teatro, mas neste ano a data não é merecedora de celebração festiva. Afirmamos isso com total certeza frente ao momento crítico no âmbito da gestão pública da cultura que vive a capital mineira.
Após acompanharmos a extinção espúria e na “calada da noite” da Secretaria Municipal de Cultura em 2004, vimos surgir uma Fundação Cultural inóspita, inoperante e, mais recentemente, com uma administração autoritária. O esvaziamento conceitual e a irresponsabilidade política dessa gestão chegaram a tal ponto que programas estruturantes e bem sucedidos como o Arena da Cultura e o BH Cidadania foram repentinamente suspensos. Quando imaginávamos que a situação não poderia ser pior, fomos afrontados com uma súbita mudança no orçamento da Lei Municipal de 2009 e o conseqüente atraso na divulgação de seu resultado. Não obstante tudo isso, o resultado divulgado é incoerente com a regulamentação da lei: o Fundo Municipal não recebeu os sessenta por cento de recursos garantidos pelo edital. Continuando a seqüência de leviandades, recebemos o comunicado do cancelamento da 10ª edição do Festival Internacional de Teatro a cinco meses de sua realização, acompanhado de justificativas inconsistentes e que desconsideram a importância do evento já garantido por lei. O mesmo despotismo que levou o prefeito Márcio Lacerda a proibir manifestações artísticas na Praça da Estação se reflete na atual administração da Fundação de Cultura.
O desrespeito com os artistas e trabalhadores da Cultura da cidade, sem a menor preocupação com a repercussão que tais fatos podem ter no trabalho e na sustentabilidade desse segmento, é recorrente nesta gestão. Não há mais como ficarmos calados e imóveis! Convocamos todos aqueles envolvidos com a Cultura da capital mineira, sejam profissionais da área ou cidadãos conscientes, que distribuam esse manifesto pelo país. Por outro lado, nós, abaixo assinados, exigimos que a Presidente da Fundação Municipal de Cultura, Sra. Thaís Pimentel, receba representantes de nossa categoria para um debate franco, democrático e transparente, que estabeleça novos paradigmas para a política cultural do município.
Trechos da REPORTAGEM de Marcelo Castilho Avelar, publicado no jornal Estado de Minas, de 19/03/2010
“ Prefeitura e a Fundação Municipal de Cultura tiveram mais de um ano para adequar a versão 2010 do FIT a suas políticas culturais. Não tiveram empenho para fazer isso. Em outras cidades – novamente, a referência são comunidades menos provincianas do mundo –, um anúncio como o de ontem levaria, no mínimo, ao pedido de demissão de toda a cúpula da política cultural local. Aqui, poderia levar pelo menos a um debate útil: de quem são os festivais. O poder público costuma tratá-los como se fossem seus, mesmo quando está disposto a gastar o mínimo possível com eles. Não são. Os festivais pertencem à comunidade, que os sustenta não apenas com os impostos que os patrocinam, mas também com a participação em massa, aos milhares.
O pior é que a medida vem na esteira de outras, igualmente danosas à democratização da cultura, como a proibição de eventos na Praça da Estação. É a comunidade que foi traída pela decisão de cancelar o FIT. E é em nome dela que deveria se pensar em nova estrutura administrativa para o evento, estrutura independente, capaz de realizá-lo mesmo contra a vontade do poder público, quando este renega seu compromisso com a cultura.”
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE
sobre a Praia da Estação
Março de 2010
A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte/ a gente não quer só comida, a gente quer saída para todas as partes
Se
você passou pela Praça da Estação, aos Sábados, já percebeu que nesse
ano ela está bem mudada! É verdade: lá já não tem shows faz algum
tempo, mas desde o dia 16 de janeiro, a população de BH tirou a calça
jeans e colocou biquíni e calção para OCUPAR ativamente a PRAIA DA
ESTAÇÃO. E essa ONDA já dura DOIS meses!
ONDA de dois meses??? Praia em BH???? Isso mesmo!!!
Os
belo-horizontinos colocaram de lado o pudor e o recato que lhes são
peculiares pra protestar numa manifestação pacífica CONTRA o decreto
13.798, promulgado em dezembro de 2009 pelo prefeito desta capital,
Márcio Lacerda, que proíbe "eventos de qualquer natureza" na Praça da
Estação. Pode???
Seria
hilário se não fosse trágico! Eles dizem que tal medida é pra assegurar
a preservação do patrimônio em face às depredações ocorridas em grandes
eventos realizados na Praça. COMO ASSIM, MEU IRMÃO??? Todas lembram que
em 2005 a praça sofreu um processo de intervenção urbana, justamente para comportar os grandes eventos
da cidade!!! E se existiu alguma depredação foi porque a prefeitura não
fez seu dever de casa direito. Pois ela tem a OBRIGAÇÃO de favorecer,
de modo popular, democrático, seguro e confortável, a realização de
tais eventos a seus cidadãos.
Não VAI TER JEITO Não, SEU PREFEITO: A PRAÇA É NOSSA!!! Pelos nossos direitos
a gente não declina, não!!! No último sábado, dia 06/03 tínhamos mais
de 1000 banhistas reivindicando o espaço social que lhes é de DIREITO.
O governo municipal viu que a Praia da Estação, a cada sábado, aumenta a freqUência
e resolveu nos dar uma “chance”. Criou através de mais um decreto (o de
n˚13.863) uma comissão para estudar quais eventos poderiam ser
realizados na Praça da Estação.
QUANDO A ESMOLA é MUITA ATE O SANTO DESCONFIA! PASMEM:
a tal comissão proposta pela PBH é constituída por 11 funcionários da
própria Prefeitura, sem quaisquer participação dos setores sociais e
culturais. Como outra mediada “democrática e participativa” a PBH abriu
em seu site um "fórum", onde supostamente qualquer pessoa
(desde
que
informe seu nome completo, idade, CPF, RG, nº do título, endereço,
bairro, cidade, CEP, país onde mora, tipo sanguíneo e opção sexual),
“pode opinar e sugerir” idéias acerca da utilização da Praça. E a isso
a PBH chama de DEMOCRACIA... Pelo jeito eles acham que a participação
popular deve ser uma via de mão única e não de um diálogo, além do que
o acesso à internet é restrito e elitizado, pois ainda não é de pleno
alcance a grande parte da população.
A
ULTIMA DA PBH foi “abrir espaço” para que um (apenas UM) integrante da
Praia da Estação ocupe UMA vaga na referida comissão. Proposta
arbitrária.... Além de não contemplar a pluralidade da participação
popular, afinal, o uso da praça diz respeito à cidade como um todo,
quem for lá “representar” nossa manifestação que é feita de forma
libertária, sem lideres e, portanto, sem representação, terá que
submeter a uma luta de 11 contra UM!!!
POR ISSO não iremos participar dessa farsa e contestamos a legitimidade dessa comissão,
que vem a
ser um fórum de burocratas do governo e não um local de
debates com a
sociedade civil. O mínimo que devemos exigir é a PARIDADE
na participação da comissão. Mas Ato
legítimo
MESMO é levar a toda população abertura para participar das
discussões
inerentes à Praça. E para isso já existe um fórum instituído, que são
as audiências públicas. Previamente
divulgadas elas terão a participação dos grupos sociais que
estão
envolvidos na questão como as Associações de Bairros (do
Santa
Tereza, Floresta, Santa Efigênia), comerciantes do entorno da praça,
além dos diversos movimentos sociais e culturais da
cidade.
policia PARA QuEM PRECISA?
No sábado, dia 06/03 a Praça da Estação começou a receber a
“participação” de nada menos que a tropa de choque. A gente agradece a
preocupação como nossa segurança, mas com certeza a eficiente policia
mineira deve ter mais o que fazer do que ficar tomando sol em nossa
praia, não é mesmo??? Gente!!! A Praia da Estação é totalmente pacífica
e é utilizada como um lugar de encontro, evidenciando a dimensão
política na vida urbana – o que nossa Prefeitura deve proteger e não
proibir.
Terminando
esta carta, convidamos e convocamos o sr. prefeito de BH, Márcio
Lacerda, e os membros do Executivo, a participarem de nossa PRAIA, e de
nossas
discussões, para propormos EM CONJUNTO metas e soluções acerca
da situação da Praça da Estação.
NOSSA ONDA não morre na Praia!!!
DEMOCRATICAMENTE,
Parte dos banhistas da Praia da Estação
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