quarta-feira, 2 de maio de 2012

Colômbia: Manifesto pela paz, até a última gota dos nossos sonhos



Existe no coração da América um refúgio humano abraçado a três cordilheiras, embalado por exuberantes vales, frondosas selvas e banhado por dois oceanos. Mananciais e caudalosos rios transformam as terras em prodígios de fertilidade, culminando ao sul na Amazônia: o que transforma a Colômbia em objeto de grandes cobiças. E a partir daí começa o martírio de um povo: a partir da cartografia da cobiça de um punhado. A Colômbia, apesar de possuir tudo para tornar possível a vida digna da totalidade de seus 48 milhões de habitantes, padece a herança de uma elite continuadora da violência colonial que se aferra ao poder local oferecendo as riquezas do país ao poder transnacional, condenando o povo a uma sangrenta história de despojos.

Já esquecemos quantas gerações não conheceram nunca um indício de paz, nem a vontade dos governantes de permitir que sobre este solo habite, finalmente, uma democracia real, não um embuste macabro de rituais de urnas que perdem sua substância democrática diante do extermínio contra a oposição política. À força de repressão incessante para apagar o germe da dignidade, os governantes pretenderam nos forçar a enterrar nas profundezas da dor nossos gritos de profunda humanidade.  

1. Fazemos da empatia social o primeiro passo para uma verdadeira paz
Nós decidimos conjugar o sentir de nosso povo na primeira pessoa do plural, porque somos pluralidade e porque fazemos da empatia social o primeiro passo rumo a uma verdadeira paz; o sentir de nosso povo clama justiça na voz de seus desterrados, despojados, empobrecidos, marginalizados, desaparecidos, encarcerados, amordaçados, torturados, assassinados. E nós decidimos ser "nós" também com nossos presos e mortos: porque embora a violência de uma intolerante elite tenha pretendido apagar suas idéias e seus sonhos eliminando-os fisicamente ou separando-os de nós com grades abjetas, em nós continuam vivas suas ânsias de justiça e dignidade.
2. Terror que configura o latifúndio a favor do grande capital
68% dos colombianos vivemos na pobreza, oito milhões de nós deambulamos pelas ruas na indigência. Mais de cinco milhões temos sido expulsos violentamente pelas forças repressivas oficiais ou paramilitares (esquadrões da morte a serviço do narcotráfico e do terrorismo de Estado) que colaboram fielmente com o regimento militar. Temos sido sumetidos ao terror que configura o latifúndio a favor do grande capital transnacional, em detrimento de nossas condições de sobrevivência e dignidade, em detrimento da soberania alimentar e da paz. Massacres, bombardeios, aspersões e envenenamentos do solo e da água, precedem nossas enlutadas marchas de desterro forçado. Nossos camponeses, os afro-descendentes, os indígenas que temos tentado viver nas terras de nossos antepassados, temos sido exilados. Estamos arrebentados de dor porque já se superou o limite de resignação para o sofrimento. Quando protestamos somos exterminados ou somos submetidos ao ostracismo e ao silêncio impostos pelo terror do Estado.
3. Abrir espaços de tolerância para a reivindicação social, para falar de paz
Somos oito mil presos políticos cujos direitos humanos são todos violados, oito mil que gritamos em meio à indiferença desta sociedade amordaçada e empurrada para a alienação, que gritamos sob as torturas aberrantes que a dignidade não se arranca como nos arrancar as unhas, que as grades não impedem que os sonhos existam. A instituição carcerária que denunciamos como campo de extermínio da reivindicação social, chega, inclusive, a nos negar assistência médica como forma de tortura, empurrando-nos para a morte. A organização social, o pensamento crítico, o estudo da história e da sociedade colombiana foram proscritos; os defensores dos direitos humanos, os sindicalistas, os intelectuais críticos, os artistas comprometidos com sua realidade, os ambientalistas, os líderes comunitários, os camponeses somos considerados "criminosos e terroristas".  

Liberdade para os presos políticos: http://www.youtube.com/watch?v=BuiHlPZ_fjo
Somos defensores da paz e nos calam por não concordarmos que dezenas de milhares de crianças morram anualmente na Colômbia por desnutrião, falta de água potável e doenças curáveis; por reclamarmos uma educação gratuita pensada para a soberania, por reclamarmos que a saúde seja um direito e não uma mercadoria, por levantarmos nossas vozes contra o saqueio de nossos recursos naturais. Há uma guerra estatal (Terrorismo de Estado) contra o pensamento e a empatia social: soms assassinados pelas forças repressivas oficiais ou para-estatais (narco-paramilitares de extrema direita ou Bandos Criminosos (Bacrim a serviço da "lei e da ordem") sem que sequer tenhamos empunhado armas. Infinitas vozes jazem nas fossas comuns, outrs tantas ficam esparcidas no pavimento entre os charcos de sangue deixados pelos sicários (pistoleiros pagos) para eliminar a voz dissidente.

Quantos são os desaparecidos na Colômbia:
http://www.youtube.com/watch?v=UdbqG35H6Ho
4. A guerra da qual não se fala: a guerra suja
Os civis estamos sendo dizimados pela guerra suja: o Terrorismo de Estado - http://www.youtube.com/watch?v=gxxcXwKwl40 - é também parte da guerra; essa parte que nunca é mencionada pelos mass-média (pertencentes à família do atual Presidente Santos) e que, no entanto, representa o mais caudaloso banho de sangue. A chave da paz é exigir que cesse a prática estatal de exterminar a participação política civil, porque ao se ver esta participação acuada de maneira sistemática, os meios de reivindicação social são obrigados a se armar.
TPIR - TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL REVOLUCIONÁRIO
POLINTERP - Polícia Internacional Revolucionária do Povo
Ordem de captura internacional (circular vermelha)
NARCO-TERRORISTAS BUSCADOS: 
 
O agente encoberto do DAS disfarçado de palestrante Hugo Acero (com ACM Neto), enviado ao Brasil pelo agente da CIA J.J. Rendón (marqueteiro de Santos e Uribe), é assessor do Gal. Óscar "El Coca" Naranjo (narcotraficante a serviço da DEA), ex-diretor da Polícia da Colômbia (demitiu-se por que?) e o coronel Eugenio Jesús Ramos Obando, atual adido policial-militar da embaixada do narco-Estado terrorista e o capo ex-narco-presidente terrorista, Álvaro Uribe Vélez 
Acusação: Infiltrar as polícias brasileiras para comprometê-las com o Terrorismo de Estado utilizando a farsesca campanha de "combate contra o Terrorismo e a ao narcotráfico" com o apoio midiático do grupo Globo (família Marinho) a serviço do terror imperialista da Otan e do Comando Sul do Exército norte-americano. 
Até quando essa indignidade será tolerada pelo Brasil?
NA REUNIÃO SECRETA CONVOCADA POR URIBE VÉLEZ EM CARTAGENA, COLÔMBIA, EM MARÇO DE 2009, OS MAGNATAS DAS COMUNICAÇÕES DA AMÉRICA LATINA LEGITIMARAM O TERRORISMO DE ESTADO E CONSIDERARAM-NO O "MELHOR PRESIDENTE" DA COLÔMBIA.
ESTES AGENTES DO IMPERIALISMO LEGITIMAM O TERRORISMO DE ESTADO
COM O MODELO FRACASSADO COLOMBIANO DAS UPPs
João Roberto Marinho, da TV Globo, o colombiano Sarmiento Angulo, o mexicano Carlos Slim,
o argentino Paolo Rocca, o venezuelano Gustavo Cisneros e Uribe Vélez.
O QUE DIRIAM AGORA ESTES "PALADINOS" DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO?

5. Intervencionismo dos EUA aponta para a guerra e é um perigo para a região
Os mesmos que transformaram uma parte dos empobrecidos da Colômbia em carne de canhão para proteger os interesses das empresas transnacionais e de uma minoria nativa (crioula) permitem a instalação da ameaça imperialista contra nossos irmãos da região. Fomos condenados a renunciar à soberania que herdamos das campanhas libertadoras do século XIX, e assistimos à instalação de bases militares norte-americanas, a partir das quais se impõem as doutrinas de pisoteamento dos direitos humanos e do manejo do narcotráfico como uma ferramenta mais de dominação. Os norte-americanos gozam de total impunidade para os crimes que cometem na Colômbia em virtude da imunidade que lhes é outorgada plo Estado colombiano. Os EUA justificam seu intervencionismo sob o pretexto da "luta contra o narcotráfico", quando na realidade o narcotráfico fortalece seus caixas e, da mesma forma, a um governo e seus estruturas narco-paramilitares, ao mesmo tempo em que criminalizam o agricultor plantador de folha de Coca, mesmo sabendo o império que esta não é cocaína.
6. A paz não não se faz degradando ao extremo o opositor
São os próprios governantes que pousam exibindo mãos decepadas e lançam gargalhadas de alegria ao lado de cadáveres, são os mesmos que pretendem nos transformar a todos em aplaudidores do extermínio. São os mesmos governantes que ofereceram taxas pela vida, impulsionando os chamados 'falsos positivos' que não são outra coisa que assassinatos de civis para implementar as montagens midiáticas-militares para a guerra psicológica: usando os cadáveres para o exibicionismo necrófilico que procura degradas o opositor ao apresentá-lo em bolsas negras, como pedaços de carne. Nós dizemos que os colombianos não são pedaços de carne e repudiamos tal estratégia de terror do Estado que enferma a sociedade inteira, degradando a ética.
7. Negociação política, mudanças estruturais, questionar o modelo econômico
A solução política é o clamor do povo colombiano: implementar mudanças estruturais de fundo que eliminem as condições de despojo, desigualdade e exclusão que deram lugar às múltiplas formas de resistência. Urge uma verdadeira reforma agrária, urge o cessar da prática do Estado de exterminar a oposição política, urge o desmonte da estratégia paramilitar, urge o cessar da entre do país em concessões a empresas multinacionais (40% do país está hoje pedido por multinacionais mineradoras), urge o fim da submissão ao corturno norte-americano. Trata-se de reexaminar o modelo de desenvolvimento da sociedade colombiana: o ser uma economia dependente, concebida como uma bodega de recursos, com desenvolvimento interno nulo, é a origem da guerra.
Não se trata de uma negociação superficial, nem de negociar favores tipo 'reinserção' para os insurrretos guerrilheiros, coisa que só faria era reinserir milhares de homens e mulheres ao pesadelo da fome que cresce diariamente nos cinturaões de miséria das cidades colombianas. Muito menos se trata de negociar uma 'reinserção' para avalar que, em seguida, milhares de 'reinseridos' sofram o extermínio estando desarmados, como já aconteceu mais de uma vez na história da Colômbia. Apelamos à responsabilidade social e histórica: não queremos avalar outro genocídio descomunal, nem podemos pretender que o camponês despojado se resigne à indignidade.

Cifras alarmantes de crímes cometidos pelo aparato paramilitar de Estado e das multinacionais

O Minsitério Público da Nação revelou em 13 de janeiro de 2011 que tem documentados 173 mil 183 casos de homicídios, mil 597 massacres e 34 mil desaparecimentos cometidos por paramilitares das supostamente dissolvidas e auto-denominadas Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).

O registro, que recolhe dados desde 2005 até 1 de dezembro do ano passado (2010), também refere ter documentado o refúgio interno (desplazamiento) forçoso massivo de 74 mil 990 comunidades e o recrutamento de tres mil 557 menores de idade por parte de paramilitares das "AUC".

Segundo o informe, os ex-integrantes do referido grupo paramilitar estão implicdos em três mil 527 casos de sequestro, três mil 532 de extorsão, 677 de violência de gênero, 68 de narcotráfico e 28 mil 167 de outras vítimas relacionadas.

De acordo com a fonte judicial, na atualidade a entidade avança nas diligências de confissão de 51 mil 616 ações por parte de ex-paramilitares acolhidos à denominada Lei de Jistiça e Paz, em casos com 65 mil 747 vítimas relacionadas.

Tais diligências permitiram às autoridades - sempre segundo o relato - achar três mil 37 fossas comuns nas quais se conseguiu encontrar três mil 678 corpos identificados plenamente.

Por sua vez, as investigações e as confissões permitiram estabelecer a suposta vinculação aos paramilitares de 429 políticos, 381 membros das forças de segurança, 155 funcionários civis, além de outras sete mil e 67 pessoas.

As AUC foram criadas em abril de 1997 com a finalidade de agrupar muitas dos múltiplos bandos de extrema-direita que operavam no país, patrocinados por grupos de pecuaristas, latifundiários e narcotraficantes.

Mais de 70% de suas receitas provinham do narcotráfico, e da mesma forma eram financiados com o sequestro e a extorsão, além de receber dinheiro de multinacionais com presença nas zonas sob seu controle.

Igualmente, receberam colaboração de vários membros do Exército, ao mesmo tempo que tiveram estreitos vínculos com muitos políticos colombianos.

Finalmente as AUC foram dissolvidas em 2006 em um processo parcial e incompleto durante a administração do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez (2002-2010). No entanto, informes de imprensa e de organizações não-governamentais e associações de vítimas de crimes de Estado como o MOVICE garantem que muitos de seus membros continuam delinquindo a partir da prisão e vários de seus frentes armados permanecem ativos utilizando outros nomes como Águias Negras, Los Paisas e Los urabeños, entre outros.

A chamada "Lei de Justiça e Paz" que é o marco legal das "desmobilizações" foi denunciada por familiares de vítimas como uma espécie de "prêmio" aos vitimários: em virtude dessa lei a máxima pena que recebe um paramilitar na Colômbia é de 8 anos de prisão. Em dezembro de 2010 foi condenado o chefe paramilitar Iván Laverde, vulgo "El Iguano" a apenas 8 anos de cadeia porassassinar mais de 4.000 (quatro mil) pessoas (assassinados confessados), por vários massacres, desaparecimentos, atentados. El "Iguano" confessou inclusive ter usado fornos crematórios para fazer desaparecer suas vítimas.

Na Colômbia, ao ser membro do aparato paramiltiar do Estado a maior pena é de 8 anos de prisão... como uma espécio de prêmio pelos serviços prestados ao grande capital.

                    Mais informação nos VÍDEOS anexos:
                    1er Video: http://www.youtube.com/watch?v=sU7XNbWPaSs 
                     2do Video: http://espanol.video.yahoo.com/watch/3950403/10730072
                     3er Video: http://www.youtube.com/watch?v=SO_1LiH_38g&feature=related



Levanta-se o clamor por uma paz com justiça social para as maiorias: uma paz que nasça do debate conjunto.


CmteTimoleón Jiménez

"É assombrosa a manobra midiática com que se perverte a realidade do nosso país. Toda a parafernália informativa foi posta a serviço da máquina assassina do regime, fazendo parte integrante dos seus planos de guerra. Com ela pretende-se apoderar da consciência da cidadania, da partícula mais elementar de sua análise. A vs, cuja dor jamais foi sentida pelas altas instâncias do poder, é óbvio que tentaram usá-los para incrementar ainda mais o ódio e a guerra".
Carta do Comandante do Estado Maior Central das FARC-Exército do Povo à Associação dos Familiares pela Paz 
8. Redefinir as partes em conflito com uma visão integral para caminhar para a paz
A paz não é um acordo somente entre o governo e as guerrilhas, porque as partes neste conflito vão mais além dessa definição estreita que a única coisa que ocasiona é esconder o caráter essencialmente social e econômico do conflito: as partes somos todos os colombianos; também consideramos parte do conflito armado as empresas trananacionais que se beneficiam do despojo fomentando massacres e expulsões de populações de suas terras; também os Estados Unidos que constantemente intervêm em nossos assuntos. Um dos pontos medulares do problema é o negócio gigantesco que o complexo militar-industrial norte-americano e europeu tem com o governo colombiano: a compra de aparatos de destruição é financiada pelo erário público e por uma crescente dívida externa que é endossada de maneira ilegítima a todo o povo colombiano.
9. Pela paz com justiça social até a última gota de nossos sonhos
Não acreditamos em acordos que se baseiem somente na entrega das armas porque o que sustentaria uma verdadeira paz na Colômbia seria que os gananciosos depusessem sua ganância, cessassem a depredação dos recursos da Colômbia às custas do despojo e genocídio contra seu povo. Para a paz seria preciso que o latifúndio, as transnacionais, o estamento militar, desativassem sua ferramenta paramilitar; e que cessassem definitivamente as pretensões do chamado 'foro militar' e demais artimanhas do lúbubre aparato de impunidade que perpetua o horror. O gasto militar é descomunal; mais de US$ 12 bilhões anuais; para a paz reclamamos que esta soma seja investida em saúde, educação, moradia, desenvolvimento endógeno.

Queremos poder participar no debate político amplo, na construção social sem ser assassinados; queremos que cesse o extermínio contra a reivindicação social, que sejam libertados os presos políticos, que cesse o desaparecimento forçado... São alguns passos.

Nossa intenção é nos aproximarmos do sonho de um povo que, pela força de terrores, tem tardado em nascer. Fazemos um chamamento à opinião pública internacional para que se solidarizem com o povo colombiano e o acompanhe em um processo de negociação política do conflito social e armado que vive o país. Entendemos que o conflito é, antes de tudo social e decorre em armado devido à intolerância política do Estado, e que a guerra na Colõmbia tem seu principal fator de durabilidade na alimentação que os Estados Unidos suprem aos aparatos do Estado colombiano.
 
No coração da América, ao som de tambores, de gaitas, acordeões, a alma de um povo dança; custodia na policromia de sua pele milênios de história; guarda recônditos saberes sussurados pelas selvas. Um povo chora sobre as tumbas esparramadas em sua latitude silente. Latindo está a Colômbia com uma geografia repleta de cantarinas cascatas, de multidão de verdes; se arisca, se estende, se oculta selvática, se assoma abissal e oceânica; nada nela é avareza, é toda abudância; seu povo clama para viver dignamente no paraíso que uns poucos pretendem acumular;

PELA PAZ ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE NOSSOS SONHOS!”
Fevereiro de 2012, da empatia essencial, equipe de colaboradores de  La Pluma
 
QUE O REGIME COLOMBIANO LIBERTE JOAQUÍN E O DEVOLVA À SUÉCIA 
ONDE É NACIONALIZADO E ATUA LEGALMENTE COMO JORNALISTA
 
 Joaquín Pérez Becerra é sobrevivente do extemínio do partido político legal, União Patriótica
Veja o documentário Baile Rojo:
TODOS PELA LIBERDADE DE JOAQUÍN PÉREZ E JULIAN CONRADO
Pressionemos o mais rápido possível enviando mensagens para os seguintes endereços:
- Ministério do Poder Popular para o Interior e Justiça
- Ministério do Poder Popular para as Comunicações e a Informação:
- Agência Venezuelana de Imprensa
   
Companheiro joaquín Pérez, jornalista entregue pelo Presidente Chávez ao Estado terrorista colombiano
 Entregará Chávez também o cantor revolucionário Julián Conrado?
Eis o que dizia Chávez antes sobre o caráter beligerante e
legítimo das FARC-Exército do Povo:

Declaração Pública 

2011-04-25-abpnoticias-Os abaixo-assinados, repudiamos a detenção e entrega ao governo colombiano do cidadão sueco de origem colombiana, Joaquín Pérez Becerra, ex-vereador sobrevivente da União Patriótica, que em 1994 obteve asilo político na Suécia pela perseguição sofrida em seu país.

Como político, jornalista e escritor, destacou-se por seu trabalho no portal de notícias Anncol (http://anncol.info), sitio criado por exilados políticos colombianos com ajujda de personalidades suecas a partir de uma posição de imprensa alternativa, independente, não neutra, que analisa o acontecer colombiano a partir de posições de esqueda. É atualmente membro fundador da Associação Bolivariana de Comunicadores (ABC), organização fundada em dezembro de 2009 em Caracas, no quadro do Congresso fundacional do Movimento Continental Bolivariano (MCB).
Chama a atenção que o jornalista se movimentou por vários países da Europa rumo à Venezuela sem ser detido em nenhum deles. Por acaso a INTERPOL foi ativada somente na Venezuela? Ou se trata de uma detenção articulada pela inteligênccia colombiana como reconheceu o ex-chefe de gabinete do ex-narco-presidente terrorista, Álvaro Uribe Vélez?

Torna-se alarmante que a República Bolivariana da Venezuela se preste para uma operação de persecução política, negando-lhe, além de tudo, seus direitos fundamentais dentro do país, ao mantê-lo incomunicado e ao mesmo tempo ponha em risco sua liberdade e integridade física ao entregá-lo ao regime terrorista colombiano de Juan Manuel Santos.

Torna-se necessário lembrar que a alarmante cifra de jornalistas pelos aparatos de terror do Estado colombiano supera os 150 nos últimos 20 anos.

Mas alarmante ainda são os argumentos apresentados contra o companheiro Joaquín Pérez Becerra acusado precisamente pelo regime colombiano de uma atividade que não constitui nenhum delito em nenhum país democrático.

Que delito há em postar em um portal Web informação e opiniões de uma perspectiva dissidente em relação a um governo?

Tanto a acusação como sua detenção se torna um grave atentado à liberdade de informação e opinião que põe em dúvida o direito obtido por milhares de sítios de imprensa alternativa que circulam na Internet.

Esta declaração se configura em uma nota de repúdio pela entrega de Joaquín Pérez ao regime terrorista colombiano. Lamentavelmente as autoridades venezuelanas se prestaram para um novo "falso positivo"(¹) midiático ao contribuir para a consolidação de um narco-Estado terrorista.
(¹) "Falso Positivo" na Colômbia são operações forjadas (falsas operações) pelos setores mafiosos e terroristas das forças de segurança, pelas quais seus membros obtêm promoções ou vantagens por "mostrar serviço", sequestrando pobres agricultores e desempregados das grandes cidades com a promessas de empregos em outras regiões. Aí são assassinados a sangue frio e seus cadáveres apresentados com roupa camuflada como "subversivos abatidos em combate".
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