domingo, 12 de abril de 2009

Ocupação Dandara: a primeira ação urbana do MST-MG

Na televisão, com acesso na net:

Globo:

http://globominas.globo.com/GloboMinas/Noticias/MGTV/0,,MUL1080964-9033,00.html

SBT:

http://www.alterosa.com.br/html/noticia_interna,id_sessao=7&id_noticia=16136/noticia_interna.shtml (muito boa esta com depoimento de apoio dos vizinhos)

http://www.alterosa.com.br/html/noticia_interna,id_sessao=7&id_noticia=16176/noticia_interna.shtml

HOJE, NA AGENCIA ESTADO

sexta-feira, 10 de abril de 2009, 16:58 | Online

Famílias invadem terreno em Pampulha, BH

LUIZ CARLOS SILVA - Agencia Estado

BELO HORIZONTE - No início da noite de ontem, famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e ao Movimento das Brigadas Populares invadiram um terreno no bairro Céu Azul, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo os representantes do movimento, cerca de 300 famílias estão no local, que possui área de aproximadamente 35 mil metros quadrados.



Desde o início da ocupação, a Polícia Militar de Minas Gerais está presente no local. Durante a madrugada de hoje, ao tentarem invadir outra área, houve conflito entre os invasores e a Polícia Militar. Três pessoas foram presas, uma delas com um facão, e um policial foi ferido com uma pedrada.



Algumas famílias estavam no local há quatro dias, mas o movimento ganhou força na quinta-feira, véspera de feriado, quando mais de 400 pessoas montaram barracas de lona para reivindicar moradia e trabalho e firmaram o acampamento. Segundo os organizadores do movimento, as famílias vivem em condições precárias. A intenção do grupo é construir casas e iniciar produção agrícola para sustento próprio.



As famílias são provenientes de vários bairros da região metropolitana de Belo Horizonte, como Novo Boa Vista, Céu Azul e região do Barreiro. Os representantes dos invasores afirmam que o terreno está abandonado há muitos anos e acumulou uma dívida de cerca de R$ 18 milhões em IPTU.



A situação hoje está tranquila. O cerco da PM foi desfeito e alguns carros realizaram ronda de rotina no local. Representantes de uma construtora, que se diz proprietária da área, disseram não haver dívidas e entraram com o pedido de reintegração de posse no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas a decisão só deve sair após o feriado.



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HOJE NO TEMPO

Manifestantes são isolados em área restrita de terreno no Céu Azul

10/04/2009 12h10

KARINA ALVES

Famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e ao Movimento das Brigadas Populares permanecem em um terreno no bairro Céu Azul, na Pampulha, durante a manhã desta sexta-feira.

A quantidade de manifestantes reunidos ainda não é precisa. Representantes do movimento não chegaram a um consenso sobre o número correto de pessoas, sendo que a estimativa ficou entre 250 e 400 famílias no local. A estimativa dada por policiais militares do 13º Batalhão, foi de cerca de cem manifestantes.

Segundo a Polícia Militar, a situação na área é tranquila nesta manhã e não houve nenhum confronto, como chegou a acontecer na noite da última quinta-feira. Policiais militares do 13º batalhão e uma viatura do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE) permanecem no endereço para fazer prevenção.

Depois do atrito entre os militares e os manifestantes na última quinta-feira, foi feito um acordo de manter as famílias em uma área mais restrita do terreno, de acordo com um dos representantes das Brigadas Populares, Rafael Bittencourt. "Nós estamos organizando as famílias aqui na área, montando as barracas e passando as regras para o pessoal sobre como vamos agir. Esse foi o acordo que fizemos com a polícia depois do confronto de ontem", comentou.

Ainda segundo Bittencourt, cerca de 30 famílias deixaram o local ainda na noite de quinta-feira, embora outro representante tenha informado anteriormente à reportagem que cerca de 200 famílias teriam deixado o local. Segundo o representante, as famílias presentes no movimento vieram de vários bairros da região Metropolitana de Belo Horizonte, como Aarão Reis, Novo Boa Vista, Céu Azul e região do Barreiro.

"Todos aqui estão em situações difíceis, como sem-tetos, pessoas que moram de favor ou ameaçadas de despejo. Nossa proposta é proporcionar moradia e produção agrícola para estas pessoas", disse.

O representante criticou o fato da ação policial na última quinta-feira ter ocorrido durante a noite e sem uma liminar de justiça que os obrigasse a deixar o local. Além disso, ele considerou desnecessário o confronto ocorrido com pessoas que davam apoio à manifestação.

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HOJE, 24h:10m – HOJE EM DIA

Polícia e moradores de vila se enfrentam em acampamento do MST no Céu Azul (Foto: Marcelo Prates)

Moradores da vila Bispo de Moura, no bairro Céu Azul (na Pampulha), e o Batalhão de Choque da Polícia Militar, que vigiava o acampamento do MST na região, entraram em confronto na noite de ontem. Segundo os policiais, os moradores da vila montaram uma barricada, na qual atearam fogo, e atacaram os policiais com pedras (que, inclusive, acabaram atingindo também integrantes da invasão do MST, que havia ocorrido na madrugada desta quinta-feira). No final da noite, o confronto já estava sob controle. (Foto: Marcelo Prates)

Moradores e polícia se enfrentam no Céu Azul, em acampamento do MST

Augusto Franco e Susy Laguardia

Repórteres

Moradores da Vila Bispo de Moura, no bairro Céu Azul, na região da Pampulha, entraram em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar na noite de ontem. O tumulto começou por volta das 19 horas, quando alguns deles atiraram pedras em direção aos policiais, que estavam no local para impedir novas invasões em um terreno ocupado, desde a madrugada, por 90 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e às Brigadas Populares.

Essas 90 famílias ocuparam, na madrugada de ontem, um terreno de 40 hectares (equivalentes a 40 campos de futebol) no Bairro Nova Pampulha, em Belo Horizonte, próximo à divisa com Ribeirão das Neves. A ocupação, que começou pouco depois das 3 horas, faz parte do Abril Vermelho - movimento que lembra o episódio em que 19 trabalhadores rurais sem-terra foram mortos por policiais militares em Eldorado dos Carajás (PA), em 17 de abril de 1996 -, e foi pacífica.

De acordo com a Polícia Militar, o terreno pertenceria a uma construtora, mas o nome do proprietário não foi divulgado. A direção do movimento nega e afirma que o terreno seria do Governo do Estado e que será usado para uma ocupação urbana, com as tradicionais tendas de lona preta, até a concessão da área para a construção de um conjunto habitacional popular.

Segundo o tenente Rogério Miranda, do Batalhão de Eventos da PM em BH, antes das 6 horas, um advogado, que se apresentou como representante do proprietário da terra teria pedido a remoção das famílias, mas a ação só poderia acontecer depois de um mandado de reintegração de posse.

De acordo com a porta-voz do movimento, Renata Costa, a ação faz parte de uma série de ocupações Brasil afora, organizadas todos os anos pelo MST. Logo após entrarem no terreno, as famílias ergueram as barracas, feitas de estacas e lonas pretas. Um outdoor, em frente ao terreno, foi derrubado e as madeiras usadas nos barracos.

Sobre o confronto da noite, os policiais ainda não sabem o que teria motivado os moradores da vila a agredirem o Batalhão de Choque, que respondeu usando balas de borracha e bombas de efeito moral.

Três pessoas não identificadas foram presas durante o confronto, uma delas portando um facão.

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HOJE - UAI/EM -

Famílias permanecem acampadas em terreno na Pampulha

Joana Gontijo - Portal Uai

A Polícia Militar, com o apoio de seu batalhão de choque, mantém desde o início da noite desta quinta-feira cerco em terreno no Bairro Céu Azul, região da Pampulha, em BH, onde 150 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Brigadas Populares e Fórum de Moradia do Barreiro permanecem com uma ocupação desde a manhã.

Algumas famílias já estão no local há três dias, mas o movimento ganhou expressão nesta quinta-feira, quando mais de 200 pessoas montaram barracas de lona para reinvindicar moradia e trabalho e firmaram acampamento, onde também estão dezenas de crianças.

Segundo um militante das brigadas populares, que preferiu ser identificado apenas como Rafael, estas são famílias que vivem em condições precárias, que não conseguem pagar aluguel ou são moradores de rua, e, diante de um momento de crise, não encontraram outra saída se não ocupar o terreno, que fica em perímetro urbano, e cujo dono até o momento não apareceu. A intenção seria construir casas e iniciar produção agrícola para sustento próprio.

De acordo com o militante, cerca de 100 homens da polícia chegaram ao acampamento por volta das 19h e conseguiram afastar algumas famílias. “Mas fizemos um cordão humano para proteger o restante do acampamento. Agora, estamos cercados. Ninguém entra, ninguém sai. Ainda há aproximadamente 150 famílias aqui”.

Não houve tumulto e nem negociação. Como o dono do terreno não se apresentou, a polícia não pode retirar as famílias até conseguir um mandado de reintegração de posse, e, segundo Rafael, informou que pretende permanecer no terreno até segunda-feira. Os militantes, por sua vez, vão resistir “até quando a situação não representar risco à integridade física das famílias que participam da ocupação”.

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